Governo de SP anuncia bônus de R$ 544 mi a professores após ameaça de greve

Após indicativo de greve dos professores, o governo de São Paulo anunciou que vai pagar R$ 544 milhões em bônus a servidores da educação que atenderam a "critérios de excelência".

O que aconteceu

Pagamento do bônus será feito em 25 de abril, mesma data prevista para a paralisação. Segundo o governo, os professores estão sendo recompensados por desempenho de escolas estaduais no Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) de 2024.

Professores pedem reajuste salarial. A categoria aprovou há duas semanas o indicativo de greve para a próxima sexta-feira (25), em assembleia. Eles pedem reajuste de 6,27% do piso salarial, convocação de 44 mil professores concursados, e o fim do que chamam de "confisco" de 14% das aposentadorias. Eles também reivindicam plano de climatização das escolas.

"Coincidência". À Folha de São Paulo, o secretário de Educação do governo Tarcísio, Renato Feder, disse que a data marcada para o pagamento de bônus ser a mesma da data da greve é "uma coincidência".

Bônus médio será de R$ 3.415 por servidor. O volume total destinado ao pagamento é 161% maior do que o repassado no ano anterior, quando foram pagos R$ 208 milhões.

Número de servidores contemplados quadruplicou. Serão 159.430 beneficiados da rede estadual neste ano, contra 39,2 mil na edição anterior.

Mais de 1,5 mil escolas atingiram metas de excelência. Unidades classificadas nas faixas "ouro" e "diamante" garantem bônus maiores.

Dos mais de 5 mil colégios da rede estadual, 1.523 atingiram os critérios de excelência. As categorias correspondem, respectivamente, ao alcance de 50% ou 100% das metas e dão direito a bônus de um ou dois salários.

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