Esvaziado, julgamento do núcleo 2 segue sem celulares ou tumulto

O primeiro dia do julgamento do núcleo 2 dos acusados de planejar uma tentativa de golpe de Estado começou sem tumultos. Apenas um deputado federal acompanhou a sessão da Primeira Turma do STF.

O que aconteceu

Sessão extraordinária analisa denúncia contra "núcleo gerencial". O julgamento na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal contra seis acusados do segundo escalão do governo de envolvimento na trama golpista começou nesta manhã. Diferentemente do primeiro julgamento no mês passado, envolvendo denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a sessão transcorre sem tumultos.

Celulares são lacrados pela segurança do STF. A medida foi determinada após visitantes desrespeitarem ordem que proíbe registro de fotos ou vídeos na sala de sessão da Primeira Turma. A proibição vale até para políticos e advogados.

Ex-assessor de Bolsonaro é o único dos denunciados presentes. Filipe Martins compareceu após ser autorizado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes a viajar de sua cidade, Ponta Grossa (PR), para Brasília. Ele chegou a ser preso pela Polícia Federal ao longo da investigação e foi solto por Moraes, mas deve cumprir uma série de medidas, incluindo a proibição de deixar sua cidade sem a autorização do Supremo.

Apenas o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) assiste à sessão. No mês passado, vários parlamentares bolsonaristas do PL e do PP chegaram sem avisar ao STF. Eles foram barrados na porta até o presidente da Turma, ministro Cristiano Zanin, liberar o acesso. Na sessão de hoje, até o momento, a Primeira Turma também está mais vazia e nenhuma autoridade chegou sem avisar.

Advogado que causou tumulto na sessão anterior se credenciou para hoje. Sebastião Coelho, que representa o ex-assessor de Jair Bolsonaro Filipe Martins, tentou entrar na sessão no mês passado sem se credenciar. Ao ser impedido pela segurança, gritou do lado de fora, chegando a interromper a fala do ministro Alexandre de Moraes. Hoje, tendo sido credenciado com antecedência, discursou de dentro da tribuna como representante de Martins.

Núcleo é formado por seis denunciados. São eles: os delegados da PF Fernando de Sousa Oliveira e Marília Alencar, que integravam a Secretaria de Segurança Pública do DF no dia 8 de janeiro de 2023; o ex-diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques; o ex-assessor Internacional da Presidência, Filipe Martins; o general da reserva Mario Fernandes e o ex-ajudante de ordens Marcelo Câmara.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.