Sakamoto: Se Bolsonaro faz live no hospital, está bem para ser intimado
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Se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) consegue fazer live para vender capacete, ou dar entrevista para emissora de televisão, ele consegue receber um oficial da Justiça mesmo internado no hospital, analisou o colunista Leonardo Sakamoto no UOL News, do Canal UOL.
Se a pessoa pode fazer uma live, para vender capacete inclusive, ela pode receber o bendito do oficial de Justiça para ficar quites com a lei. É simples. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
O STF intimou hoje o ex-presidente Bolsonaro no hospital onde ele está internado, em Brasília, sobre o início da ação penal que o acusa de tentativa de golpe de Estado. Segundo aliados do ex-presidente ouvidos pelo UOL, a oficial chegou por volta das 10h30 ao hospital DF Star. Em certidão obtida pela reportagem, o político declara que recebeu a intimação às 12h47. Bolsonaro tem cinco dias para apresentar defesa.
Em nota, o Supremo informou que todos os réus foram intimados entre os dias 11 e 15 de abril, mas aguardou uma data para citar o ex-presidente devido à internação, ocorrida em 13 de abril. O Supremo mencionou ainda que a participação de Bolsonaro em uma live com os filhos ontem demonstrou a possibilidade de ser intimado hoje.
Bolsonaro entrou na transmissão ao vivo diretamente do hospital e conversou brevemente com Flávio (PL-RJ), senador, Carlos (PL-RJ), vereador no Rio de Janeiro, e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal licenciado. Atrás dele havia uma tela com a frase: "compre agora o capacete do Bolsonaro".
O ex-presidente Jair Bolsonaro mostrou, com uma participação na live... porque quem está mal, na cama de hospital, não participa de live. Isso é óbvio. A pessoa que está lá vai ficar para se recuperar.
Mas se ele está bem para fazer um live, se ele está bem para dar entrevista para o SBT, se ele está bem para participar de umas de coisas sérias que dizem respeito à vida pública dos seres humanos, então ele está bem para receber uma intimação.
Se por um acaso ele estivesse doente, mal, não estivesse podendo receber visitas, não, não estivesse podendo receber visitas, e aí o Supremo tentasse entregar uma intimação, eu seria o primeiro a falar: 'gente, que isso, que absurdo é esse, deixa o homem se recuperar'. Mas ele mostrou que ele está bem o suficiente para garantir uma rubrica. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Professor: desvio mostra falha grave no sistema de cadastramento do INSS
O desvio bilionário do dinheiro de pensionistas e aposentados revela uma falha de grave no sistema de cadastramento e aponta para a conivência do presidente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Alessandro Stefanutto, afirmou hoje o professor de políticas públicas Samuel Braun, durante participação no UOL News.
Então, a gente está diante de um quadro em que grande parte desta população dessa população (são mais de cinco milhões de pessoas) estava sendo lesada mensalmente, periodicamente, nas suas contas. E isso nos aponta para uma grave falha no sistema de cadastramento desses descontos. Samuel Braun, professor da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro)
O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado em meio à Operação Sem Desconto, que apura a cobrança irregular de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024 —ação que começou na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) e seguiu até o governo atual, do presidente Lula.
A operação policial mira golpes contra aposentados e pensionistas e foi deflagrada pela Polícia Federal e pela CGU (Controladoria-Geral da União). Os agentes miram no combate ao esquema nacional de descontos não autorizados em benefícios concedidos pelo INSS.
Stefanutto foi indicado ao cargo pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi. Durante a coletiva de imprensa, realizada na manhã de hoje, Lupi revelou que o presidente do INSS foi afastado após decisão judicial, mas que prefere aguardar o término das investigações e não jogar as pessoas na fogueira, segundo palavras dele.
Assista à entrevista
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