Landim: Escândalos do INSS e dos respiradores chocam pela desfaçatez
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Os graves casos de desvios no INSS e na compra de respiradores durante a pandemia de covid-19 se tornam ainda mais chocantes por atingirem pessoas vulneráveis, analisou a colunista Raquel Landim na edição de hoje do UOL News.
Uma investigação da Polícia Federal encontrou indícios de que R$ 48,7 milhões pagos em 2020 pelo Consórcio Nordeste para a compra de respiradores pulmonares nunca entregues foram desviados pela empresa contratada, como revelou o UOL com exclusividade. O escândalo atinge em cheio Rui Costa, ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, que na época presidia o consórcio.
O que mais choca nesses dois casos recentes, tanto o do INSS como o dos respiradores, é a desfaçatez de roubar do mais pobre ou daquele que está totalmente desprotegido.
No caso do INSS, roubou-se R$ 50, R$ 60, R$ 70, do aposentado; daquele que recebe o mínimo para sobreviver depois de ter trabalhado uma vida inteira. No caso dos respiradores, era um dinheiro que seria destinado às pessoas que estavam morrendo sem ar na [pandemia de] covid-19. Será que é tão difícil nos lembrarmos disso?
Eram recursos destinados para tentar achar pelo mundo inteiro respiradores e equipamentos para quem estava com falta de ar e morrendo nos hospitais. É desse tipo de desvio que estamos falando: daquele que está absolutamente vulnerável. É a desfaçatez de conseguir usar esse dinheiro para a corrupção. Raquel Landim, colunista do UOL
Landim ressaltou que o caso dos desvios na compra de respiradores já era conhecido, mas não recebeu o devido tratamento na época.
Essa história dos respiradores não é nova e apareceu várias vezes na CPI da Covid-19. Na época, ela foi bradada pelos bolsonaristas para justificar o negacionismo de Jair Bolsonaro, não querer comprar vacina e desdenhar da doença, da utilização de máscaras ou de qualquer outro método que ajudasse as pessoas a sobreviverem.
Sempre havia alguém para citar essa história dos respiradores. Nós estávamos tão perdidos naquela confusão toda e no negacionismo tão intenso de Bolsonaro que estava difícil olhar para esse crime. Tomara que agora, com mais calma, consigamos realmente ir fundo nessa investigação e colocar na cadeia quem desviou dinheiro de quem estava morrendo sem ar. Raquel Landim, colunista do UOL
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