Centro-direita se uniria em torno de Tarcísio para Presidência, diz Kassab
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O presidente nacional do PSD e secretário de Relações Institucionais do estado de São Paulo, Gilberto Kassab, afirmou hoje que a centro-direita não lançará outra candidatura à Presidência caso Tarcísio de Freitas (Republicanos) decida disputar o Planalto.
O que aconteceu
Kassab ponderou, entretanto, que Tarcísio provavelmente não se lançará. "Mas, se ele for candidato, a centro-direita não lança nenhum outro candidato. [Ronaldo] Caiado não sai, Ratinho [Jr.] não sai, [Romeu] Zema não sai, Tereza Cristina não sai", apontou o secretário. Ele fez palestra sobre os "cenários políticos de 2026" em um evento da Afresp (Associação dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de São Paulo).
Com Jair Bolsonaro inelegível, o nome do governador de São Paulo tem sido defendido para 2026. Publicamente, Tarcísio afirma que seu foco é tentar a reeleição no próximo ano —para aliados, ele diz que só disputaria o Planalto se o pedido viesse do ex-presidente. Apesar da decisão do TSE, Bolsonaro afirma que será candidato.
Se Tarcísio estiver fora da disputa federal, grupo político dele teria pelo menos seis candidatos, segundo Kassab. O presidente do PSD afirmou ainda que "por mais desgaste" que Lula (PT) sofra junto à população, ele segue como um "candidato forte" para o ano que vem. Com a entrada do governador na disputa, a configuração seria "Lula ou o candidato da esquerda contra Tarcísio".
Para Kassab, Ratinho Jr. teria mais chances de ir ao segundo turno caso o governador paulista não tente a Presidência. "Ele une o Sul do país, e pesquisas qualitativas mostram que o Sul ainda é o maior reduto anti-PT do Brasil." O governador do Paraná é do mesmo partido do secretário paulista.
Eleição de 2026 caminha para não ser polarizada, afirma Kassab. A presença de Lula, segundo o presidente do PSD, "ainda pode provocar polarização". No entanto, o presidente do PSD acredita que possam surgir candidaturas de centro, espectro em que ele inclui Tarcísio e Ratinho. "A eleição do Ricardo Nunes [reeleito prefeito de São Paulo] foi uma sinalização", disse o ex-prefeito paulistano em referência a uma candidatura centrista que foi vitoriosa contra Pablo Marçal (PRTB) e Guilherme Boulos (PSOL).
'Aprovação de anistia é incógnita para mim'
Kassab evitou fazer prognósticos sobre o PL da Anistia. Durante o evento, ele disse que tem observado o Congresso dividido sobre o tema. "Vejo muita mobilização a favor e muita mobilização contra. É uma incógnita para mim", afirmou.
Depois, aos jornalistas, ele disse que a bancada do PSD está liberada para votar como quiser. "Estou vendo as assinaturas, a disputa, eu vejo que está bastante acirrado", comentou. A proposta defendida por bolsonaristas anistiaria os presos pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
O governo trabalha para não ter a votação, mas caso tenha, acho que existe a chance de passar. Vejo o Congresso muito dividido.
Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD
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