Na TV, Lula defende ressarcimento de vítimas do INSS e fim da jornada 6x1
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Em pronunciamento em rede nacional, comemorando o Dia do Trabalhador, o presidente Lula (PT) defendeu o ressarcimento de vítimas de fraudes no INSS e se posicionou contra a jornada 6x1.
O que aconteceu
Lula falou pela primeira vez sobre o esquema de fraudes no INSS. O presidente atribuiu ao seu governo a responsabilidade sobre o fim do esquema. "Na última semana, o nosso governo, por meio da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal, desmontou um esquema criminoso de cobrança indevida contra aposentados e pensionistas, que vinha operando desde 2019."
Ele defendeu o ressarcimento das vítimas de descontos indevidos. "Determinei à Advocacia-Geral da União que as associações que praticaram cobranças ilegais sejam processadas e obrigadas a ressarcir as pessoas que foram lesadas", disse Lula.
O presidente também se posicionou pelo fim da jornada de trabalho 6x1. A pauta é defendida por partidos como PSOL e PT, mas ainda não havia uma sinalização clara de Lula contra esse modelo de trabalho. "Nós vamos aprofundar o debate sobre a redução da jornada de trabalho vigente no país, em que o trabalhador e a trabalhadora passam seis dias no serviço e têm apenas um dia de descanso", disse.
"Está na hora do Brasil dar esse passo", disse Lula. Ele afirmou que é necessário ouvir todos os setores da sociedade "para permitir um equilíbrio entre a vida profissional e o bem-estar de trabalhadores e trabalhadoras."
No pronunciamento, presidente exaltou dados da economia. Ele também mencionou o Projeto de Lei que zera o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. "Agora é assim: quem ganha menos, não paga. E quem ganha muito paga o valor justo", afirmou. A proposta foi enviada ao Congresso Nacional, mas ainda não foi à votação.
Discurso de Lula também teve foco nos microempreendedores individuais. O petista citou medidas de seu governo, como o Programa Acredita, que fornece linhas de crédito para MEIs.
É a primeira vez que Lula não participa de eventos organizados por centrais sindicais no Dia do Trabalhador. No ano passado, os atos esvaziados do dia 1º de maio viraram alvo da oposição ao governo. Na ocasião, o presidente participou de um evento em São Paulo, criticou a convocação do ato e o baixo comparecimento do público.
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