Andreza Matais: Lupi vive fritura dentro da ala da esquerda do governo

Após revelação de fraude bilionária no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o ministro da Previdência, Carlos Lupi, vive agora uma fritura promovida pela ala esquerda do governo Lula (PT), afirmou hoje a colunista Andreza Matais no UOL News, do Canal UOL.

O Lupi está vivendo uma fritura dentro do governo, sim, sem dúvida nenhuma, muito disso vem da parte da esquerda, o espectro político com mais interesse nessa vaga. Andreza Matais, colunista do UOL

Na semana passada, a Polícia Federal deflagrou a Operação Sem Desconto, que apura a cobrança irregular de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024 —o esquema teria começado na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) e seguiu até o governo atual, do presidente Lula.

O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi afastado do cargo por decisão da Justiça. Depois, foi demitido pelo governo. O ministro Carlos Lupi foi quem indicou Stefanutto ao cargo.

Ontem, durante pronunciamento em rede nacional para comemorar o Dia do Trabalhador, Lula defendeu o ressarcimento de vítimas de fraudes no INSS e atribuiu ao seu governo a responsabilidade sobre o fim do esquema.

Ao Canal UOL, Andreza explicou que, pelo menos por enquanto, o ministro Carlos Lupi se segura como pode.

O que eu ouvi —tanto por parte dos investigadores da Polícia Federal quanto da CGU, órgãos responsáveis pelas investigações— é que não tem nada contra o ministro, a não ser prevaricação, o que já pode ser muito também, mas envolvimento com os desvios até este momento.

O presidente Lula não tem uma característica de forma direta. Ele vai deixando o ministro ser fritado até em que chega uma hora e não tenha mais condições. O ministro Lupi é uma indicação do presidente Lula. E o presidente do INSS, uma indicação do Lupi. É uma escadinha.

Não é fácil fechar esse xadrez: uma eventual demissão do Lupi pode esbarrar no presidente Lula, e é ele quem terá de explicar essa história. Neste momento, o Lupi tem defesa de uma ala do governo e uma defesa dos órgãos de investigação. Na minha avaliação, se vier uma denúncia ligando o ministro ao esquema aí a gente verá o Diário Oficial saindo no dia seguinte com o pedido de demissão do ministro. Andreza Matais, colunista do UOL

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Raquel Landim: Moraes quis se esquivar de ônus político de mandar Collor para casa

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes tentou escapar da responsabilidade política de ter de mandar para prisão domiciliar o ex-presidente Fernando Collor de Mello, detido em uma cadeia de Alagoas, avaliou a colunista Raquel Landim no UOL News, do Canal UOL.

O ministro Moraes quis tentar, de várias formas, se esquivar do ônus político de mandar o Collor para casa. Raquel Landim, colunista do UOL

A defesa do político alegou ao STF três "comorbidades graves" (doença de Parkinson Apneia do sono grave e Transtorno Afetivo bipolar") para pedir a sua prisão domiciliar. Nesta quinta (1º), o ministro Moraes concedeu a prisão domiciliar para o político.

Assista ao trecho do vídeo abaixo:

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