Saiba quem é o ministro de Bolsonaro citado no inquérito do INSS

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José Carlos Oliveira, ex-ministro do Trabalho e Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PL), é citado no inquérito da Polícia Federal sobre fraudes no INSS.
O que aconteceu
José Carlos Oliveira foi presidente do INSS entre novembro de 2021 e março de 2022. Depois, assumiu o Ministério do Trabalho até dezembro de 2022, substituindo Onyx Lorenzoni, que deixou o cargo para disputar as eleições.
Oliveira é citado nas investigações. Segundo a PF, ele é ligado a integrantes da Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais), uma das entidades investigadas por descontos indevidos dos aposentados. Ele não foi alvo da operação Sem Desconto e não é formalmente investigado.
Ele mudou de nome. Segundo a PF, José Carlos agora se apresenta como Ahmed Mohamad Oliveira Andrade. O motivo não foi informado.
O ex-ministro é sócio do auxiliar administrativo José Laudenor, apontado como um dos beneficiários de transações suspeitas. Segundo a PF, os dois são sócios na Yamada e Hatheyer Serviços. O nome dele também aparecia em outra empresa de Laudenor, a Fayard Organização e Serviços, até 2022.
Ao que ficou demonstrado, tais transações sugeriram a utilização de contas para movimentar recursos de terceiros e/ou atividades não declaradas, caracterizando possíveis indícios de burla/fracionamento e lavagem de dinheiro. Trecho do relatório da PF
Oliveira foi candidato a vereador pelo PSD em 2024, mas não foi eleito. A investigação da PF cita pagamentos de outro homem, José Arnaldo Bezerra Guimarães, à campanha dele.
Ele também foi assessor parlamentar. O ex-ministro trabalhou como assessor dos deputados federais Marcio Alvino (PL-SP), entre 2023 e 2024, e Baleia Rossi, presidente do MDB. Oliveira estava lotado no gabinete do emedebista até terça-feira, mas pediu exoneração, segundo a Folha de S.Paulo.
O UOL tentou contato com José Carlos Oliveira por email, mas não teve resposta. O espaço segue aberto.
Esquema de fraudes revelou golpe de R$ 6,3 bilhões em descontos não autorizados de aposentadorias e pensões. Em diversos casos, houve falsificação de assinaturas para autorizar os descontos nas folhas de pagamento, segundo a PF.
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