Governistas rebatem Nikolas em vídeo: 'Bolsonaro roubou os aposentados'
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Governistas estão indo às redes sociais para rebater o vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre as fraudes no INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e tentar ligar o escândalo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O que aconteceu
Um vídeo divulgado nesta manhã pelo Paulo Pimenta (PT-RS) diz que o ex-presidente "roubou os aposentados". "O esquema começou em 2019, no primeiro ano do governo Bolsonaro", começa a peça, que usa uma estrutura cartas com o rosto de Bolsonaro.
O vídeo cita que envolvidos doaram para as campanhas de Bolsonaro e do ex-ministro da Previdência Onix Lorenzoni, até chegar em Nikolas. "O mesmo deputado da fake news do Pix espalha mentiras para tentar salvar o seu chefe", diz o narrador. Deputado petista, Pimenta é ex-ministro da Secom (Secretaria de Comunicação) de Lula e debateu estratégias para lidar com a crise no Planalto nesta semana.
?? ENTENDA O ESQUEMA DO INSS
-- Paulo Pimenta (@Pimenta13Br) May 10, 2025
Começou em 2019, cresceu por 4 anos e só foi desmontado no governo do presidente Lula.
Fake news não apaga a verdade: Bolsonaro protegeu quem roubava os aposentados. pic.twitter.com/QRbpxvCEfk
A peça faz parte de uma estratégia do governo para rebater a postagem do deputado bolsonarista. Na última terça, Nikolas soltou um vídeo chamando o caso de "o maior escândalo da história do Brasil". Com fala direta e articulada, fundo preto e uso de material jornalístico, a peça tem a mesma estética do vídeo do Pix, lançado em janeiro, que foi um dos propulsores para a principal crise de imagem do governo até então.
O vídeo de Nikolas viralizou. Em menos de dois dias, a produção, que mostra o deputado envelhecendo com efeitos de inteligência artificial, atingiu 100 milhões de visualizações e mais de 400 mil comentários no Instagram —inferior ao fenômeno do Pix, mas superior a qualquer publicação do governo ou da base sobre qualquer tema.
Agora, a estratégia do Planalto é ligar o caso a Bolsonaro e tentar blindar o presidente Lula (PT). A avaliação da cúpula do governo é que o vídeo não impactou como o esperado e que o governo tem conseguido contornar o impacto político, que poderia ser muito pior.
A avaliação é que a pecha de corrupção ainda não foi colada ao governo —pelo menos por ora. Lideranças do governo dizem que a preocupação tem sido muito mais econômica —ou seja, restituir o quanto antes o dinheiro dos aposentados e pensionistas afetados— do que o rotulo de corrupto, que assolou mandatos petistas anteriores.
O plano é, com a ajuda da base, tentar reverter a narrativa. Encabeçada pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, a estratégia é lembrar que as fraudes tomaram grandes proporções durante a gestão anterior e que foi por meio da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União) atuais que o escândalo foi descoberto.
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