Sem redes sociais: o que Moraes exigiu para prisão domiciliar de Jefferson

O ex-deputado Roberto Jefferson não poderá usar redes sociais nem receber visitas, fora familiares e advogados, durante o regime de prisão domiciliar, concedido ontem pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

O que aconteceu

O ministro Alexandre de Moraes impôs algumas exigências para a prisão domiciliar de Jefferson:

  • uso obrigatório de tornozeleira eletrônica;
  • comunicar previamente qualquer deslocamento, com exceção de emergências;
  • proibido usar redes sociais, incluindo via administração de terceiros;
  • proibido receber visitas, com exceção de advogados e familiares;
  • proibido dar entrevistas a meios de comunicação (nacionais ou internacionais);
  • suspensão do passaporte;
  • proibido deixar o Brasil.

A decisão de Moraes de trocar o regime de prisão fechado pelo domiciliar seguiu manifestação da PGR (Procuradoria-Geral da República). O motivo foi o quadro de saúde do ex-deputado, considerado delicado.

Jefferson passa por "quadro clínico de crises convulsivas". A informação consta em um relatório do Hospital Samaritano Botafogo, no Rio.

O ex-parlamentar passou mais da metade do tempo da prisão preventiva no hospital. No total, 705 dos 928 dias, segundo levantamento que consta na decisão de Moraes. A prisão será cumprida em endereço listado na cidade de Comendador Levy Gasparian (RJ).

Jefferson foi condenado a 9 anos de prisão em regime fechado em dezembro do ano passado. Seus crimes incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, calúnia contra o presidente do Senado, incitação à prática de crime, dano qualificado e homofobia.

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