Josias: Fala de Barroso nos EUA sobre golpe não ajuda imagem do STF
Ler resumo da notícia
A declaração do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso, de que os EUA tiveram "papel decisivo" para evitar o golpe no Brasil, pode ser considerada inadequada e algo que não ajuda na imagem da corte, analisou o colunista Josias de Souza no UOL News, do Canal UOL.
É muito inadequado que o presidente do Supremo, num encontro realizado nos Estados Unidos, diga abertamente que o país anfitrião contribuiu para deter o golpe de Estado no Brasil. Josias de Souza, colunista do UOL
Durante evento realizado em Nova York (EUA), Barroso afirmou que os militares brasileiros não gostam de "se indispor" com os Estados Unidos, o que teria evitado o golpe. A análise foi feita pelo ministro ao relatar que pediu aos americanos, quando foi presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), declarações de apoio à democracia brasileira.
Ele acaba estimulando um tipo de pregação de que o Bolsonaro vem utilizando, de que houve inclusive dinheiro da Usaid [Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional], com interferência externa, de que ele foi golpeado com mão forte pelo TSE. Não é uma declaração que ajuda na imagem do Supremo.
A declaração, a meu ver, não ajuda, não. Houve, aconteceu. Foi bom que tivesse acontecido. [Na ocasião], o presidente Joe Biden deixou claro para o Bolsonaro, com declarações de apreço ao sistema eleitoral brasileiro e, depois, com o envio de autoridades ao Brasil... eles deixaram claro que não aceitariam um governo ilegítimo. Isso, evidentemente, ajudou a deter a qualquer solução que não fosse constitucional no Brasil.
Agora, nós não precisamos, em primeiro lugar, desse tipo de intervenção. A democracia brasileira resistiu e não foi por conta da intervenção norte-americana ou desses sinais vindos dos EUA. Resistiu por conta da resistência interna: do eleitor, que brecou, interrompeu o desejo de Bolsonaro ser reeleito. E depois, funcionaram a Justiça eleitoral e o próprio Supremo. Josias de Souza, colunista do UOL
Josias: com bets, Virginia põe prestígio a serviço da desgraça alheia
No UOL News, Josias disse ainda que, ao fazer publicidade para empresas de jogos de azar, a influenciadora Virginia Fonseca, com 53,4 milhões de seguidores apenas no Instagram, coloca o seu prestígio a serviço da "desgraça alheia".
E está aí uma influenciadora que utiliza o seu prestígio junto aos seus milhares de seguidores para propagandear algo que não merece ser propagandeado.
E as pessoas evidentemente não são inocentes, sabem que o lucro das empresas que estão remunerando a sua influência vem da desgraça de quem está apostando. É sobre isso que nós estamos falando: a exploração da desgraça alheia é a colocação do prestígio a serviço da desgraça alheia. Josias de Souza, colunista do UOL
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Bets ouviu na manhã de hoje a influenciadora e apresentadora do SBT Virginia Fonseca. A mulher de Zé Felipe, filho do cantor Leonardo, entrou na mira dos parlamentares por ser uma das principais personalidades que fazem campanhas publicitárias para jogos de azar e apostas online nas redes sociais.
O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h, com apresentação de Fabíola Cidral, e às 17h, com Diego Sarza. Aos sábados, o programa é exibido às 11h e 17h, e aos domingos, às 17h.
Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL. O Canal UOL também está disponível na Claro (canal nº 549), Vivo TV (canal nº 613), Sky (canal nº 88), Oi TV (canal nº 140), TVRO Embratel (canal nº 546), Zapping (canal nº 64), Samsung TV Plus (canal nº 2074) e no UOL Play.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.