Lula e Xi assinam carta conjunta em apoio a reunião entre Putin e Zelensky

Os presidentes do Brasil e da China, Lula e Xi Jinping, assinaram hoje uma declaração conjunta em que apoiam o avanço nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia.

O que aconteceu

Lula e Xi participaram de reuniões hoje em Pequim, e assinaram uma série de atos de cooperação entre os governos brasileiro e chinês. Entre eles, está uma declaração conjunta em que apoiam Vladimir Putin por propor uma reunião para negociar a paz na Ucrânia, e Volodymyr Zelensky por aceitar o convite.

"Os governos do Brasil e da China esperam que se inicie, no menor prazo possível, um diálogo direto entre as partes, única forma de pôr fim ao conflito", diz o documento. "[O Brasil e a China] consideram necessário encontrar uma solução política para a crise na Ucrânia em suas raízes com vistas a um acordo de paz duradouro e justo."

Avanço que aconteceu no último sábado é o mais próximo que os líderes já chegaram de um acordo para encerrar o conflito entre os países, que já dura três anos. As delegações da Rússia e Ucrânia se encontrarão na próxima quinta-feira, na Turquia.

Presidentes do Brasil e da China leram discursos ao fim da cerimônia, em que exaltaram a relação entre os dois países. Xi disse que o Sul Global é hoje uma "força vital para promover uma ordem internacional mais justa e razoável", e Lula declarou que a "relação entre o Brasil e a China nunca foi mais necessária" e é uma "alternativa entre rivalidades ideológicas".

Os dois participam agora de uma reunião fechada e depois, de um jantar. Ontem, Lula anunciou R$ 27 bilhões de investimentos chineses no Brasil em diversas áreas, como combustível de aviação, tecnologia e energia renovável. A previsão é que o presidente retorne ao país entre hoje e amanhã.

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