Ex-prefeita de Saquarema é alvo de operação por crimes contra administração

Agentes do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) cumprem hoje 30 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de praticar crimes contra a administração pública em Saquarema, na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro.

O que aconteceu

Entre os alvos está a ex-prefeita e atual secretária Municipal de Governança e Sustentabilidade, Manoela Peres. Além dela, também está entre os alvos o secretário Municipal de Relações Institucionais, Antônio Peres Alves, ex-marido de Manoela. O UOL tentou contato com Manoela, mas até a publicação não teve retorno. A reportagem será atualizada caso haja posicionamento.

Prefeitura de Saquarema informou que "ainda não teve acesso ao material completo" do MP-RJ referente à operação. "A prefeitura acompanha a ação com transparência e permanece à disposição para prestar esclarecimentos e colaborar na investigação."

Administração municipal disse ainda que adotou "iniciativas para dar mais robustez e transparência a diferentes processos e proteger o erário municipal". Segundo a prefeitura, entre as medidas estão "o não pagamento de prestadores de serviços investigados, rompimento de contratos, afastamento de profissionais e implementação de mecanismos de controle.

Órgão apura a existência de uma organização criminosa suspeita de desviar recursos públicos na prefeitura de Saquarema. Segundo o MP-RJ, a investigação tramita sob responsabilidade do procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, uma vez que envolve agente político detentor de foro por prerrogativa de função.

Grupo do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro) expediu 30 ordens de busca e apreensão. As ordens foram cumpridas em endereços ligados a 20 pessoas físicas e 10 empresas, localizados nos municípios de Saquarema, Rio de Janeiro, Niterói, Maricá, São João de Meriti e São Gonçalo.

Contratos superam R$ 326 milhões, alguns com irregularidades constatadas pelo Tribunal de Contas do Estado, segundo o MP-RJ. Diligências são conduzidas por promotores de Justiça, com o apoio de agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência e de oficiais de Justiça do TJ-RJ.

Objetivo é reunir provas para procedimento instaurado pela Procuradoria-Geral de Justiça. Procedimento que apura crimes de organização criminosa e peculato, supostamente cometidos durante a gestão da ex-prefeita de Saquarema.

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