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PF suspeita que 3.000 contas do Gov.br tenham sido fraudadas com biometria

Sede da Polícia Federal, em Brasília Imagem: Isaac Amorim/MJSP

Do UOL, em Brasília

13/05/2025 15h36Atualizada em 13/05/2025 18h18

A Polícia Federal suspeita que cerca de 3.000 contas do portal Gov.br tenham sido alvo de um grupo que fraudava o sistema de biometria facial para roubar dinheiro e dados de usuários do sistema.

O que aconteceu

A PF chegou a esse número após receber denúncias do Ministério da Gestão. A denúncia envolvia seis contas fraudadas na plataforma Gov.br. Ao apurar as suspeitas, os investigadores viram que o esquema poderia ser bem maior, além de ter técnicas avançadas para fraudar o mecanismo de reconhecimento facial da plataforma, que é a principal do governo e permite aos usuários utilizarem vários serviços públicos.

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A PF fez hoje operação Face Off. Houve 16 mandados de busca expedidos pela Justiça Federal de Brasília, nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro e Tocantins. Além disso, foram expedidos cinco mandados de prisão, dos quais três já foram cumpridos e dois ainda seguem em aberto, segundo apurou o UOL.

Grupo utilizava dados de pessoas mortas. Uma parte do esquema fraudulento consistia em se fazer passar por pessoas mortas para burlar o sistema de reconhecimento facial e ter acesso aos recursos que a família das pessoas falecidas teria para resgatar do Banco Central.

Em outra frente, o grupo fraudou perfis para pedir empréstimos consignados via aplicativo da Previdência. Os golpistas conseguiam fraudar a funcionalidade "liveness" do aplicativo da Previdência Social, que é usada para checar se a imagem capturada pertence a uma pessoa real e viva. O objetivo era tentar resgatar valores que a pessoa teria a receber do Banco Central ou mesmo aprovar empréstimos consignados no aplicativo Meu INSS.

Segundo a PF, o grupo tinha capacidade técnica avançada. Eles conseguiram passar pelo reconhecimento facial com um percentual de semelhança suficiente para ser aprovado pela tecnologia, que funciona com base em parâmetros cadastrados junto às bases de dados da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A informação sobre a fraude e o modus operandi do grupo foi revelada pelo Metrópoles e confirmada pelo UOL.

Crimes previstos. Os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático qualificada e associação criminosa.

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