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Com bets, Virginia põe prestígio a serviço da desgraça alheia, diz Josias

Ao fazer publicidade para empresas de jogos de azar, a influenciadora Virginia Fonseca, com 53,4 milhões de seguidores apenas no Instagram, coloca o seu prestígio a serviço da "desgraça alheia", avaliou o colunista Josias de Souza no UOL News, do Canal UOL.

E está aí uma influenciadora que utiliza o seu prestígio junto aos seus milhares de seguidores para propagandear algo que não merece ser propagandeado.

E as pessoas evidentemente não são inocentes, sabem que o lucro das empresas que estão remunerando a sua influência vem da desgraça de quem está apostando. É sobre isso que nós estamos falando: a exploração da desgraça alheia é a colocação do prestígio a serviço da desgraça alheia. Josias de Souza, colunista do UOL

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Bets ouviu na manhã de hoje a influenciadora e apresentadora do SBT Virginia Fonseca. A mulher de Zé Felipe, filho do cantor Leonardo, entrou na mira dos parlamentares por ser uma das principais personalidades que fazem campanhas publicitárias para jogos de azar e apostas online nas redes sociais.

É bom que a CPI esteja expondo isso. Não sei onde vai chegar, não sei se vai produzir resultados positivos, mas o Brasil precisa conhecer este fenômeno deletério que não é só nosso —está presente em outras praças em outros países—, mas aqui é um fenômeno recente.

E o mesmo Congresso que está agora investigando também contribuiu para que o flagelo se instalasse na vida nacional. Josias de Souza, colunista do UOL

Por que Virginia foi convocada?

Segundo a convocação da CPI no Senado, aprovada em novembro do ano passado, Virgínia foi convocada como testemunha porque "esteve envolvida em campanhas de marketing para casas de apostas".

A senadora Soraya Tronicke (Podemos-MS), autora do pedido para convocação de Virginia, destacou que, a partir da oitiva da influenciadora, será possível investigar os conflitos éticos nas propagandas das casas de apostas, além de se discutir a necessidade de novas regulamentações no ramo.

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Ela foi ouvida pelos parlamentares como testemunha.

Josias: Fala de Barroso nos EUA sobre golpe não ajuda na imagem da Corte

No UOL News, Josias também avaliou a declaração do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso, que declarou que os EUA tiveram "papel decisivo" para evitar o golpe no Brasil, como inadequada e algo que não ajuda na imagem da Corte.

É muito inadequado que o presidente do Supremo, num encontro realizado nos Estados Unidos, diga abertamente que o país anfitrião contribuiu para deter o golpe de estado no Brasil. Josias de Souza, colunista do UOL

Durante evento realizado em Nova York (EUA), Barroso afirmou que os militares brasileiros não gostam de "se indispor" com os Estados Unidos, o que teria evitado o golpe. A análise foi feita pelo ministro ao relatar que pediu aos americanos, quando foi presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), declarações de apoio à democracia brasileira.

Ele acaba estimulando um tipo de pregação de que o Bolsonaro vem utilizando, de que houve inclusive dinheiro da Usaid [Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional], com interferência externa, de que ele foi golpeado com mão forte pelo TSE. Não é uma declaração que ajuda na imagem do Supremo. Josias de Souza, colunista do UOL

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Veja a íntegra do programa:

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