Bolsonaro diz ter 'dívida de gratidão' com Tarcísio e elogia Michelle
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Ao falar sobre quem apoiaria na eleição presidencial do ano que vem, o ex-presidente Jair Bolsonaro disse hoje ao UOL que tem "dívida de gratidão" com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e falou sobre a possibilidade de a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) ser candidata.
O que aconteceu
Bolsonaro evitou dizer se apoiaria uma candidatura de Tarcísio à Presidência em 2026. Destacou, no entanto, a relação com o governador e lembrou que o aliado tem dito que o nome da direita para o próximo ano é o do próprio ex-presidente. "O Tarcísio tem falado publicamente que é candidato à reeleição [para governador] e repete: 'Eu tenho dívida de gratidão com o Bolsonaro'. E eu tenho com ele também, foi um excelente ministro", disse Bolsonaro aos colunistas de UOL Carla Araújo e Josias de Souza.
Apesar do elogio, Bolsonaro disse que falta experiência para Tarcísio. Comparou os quase 30 anos que possui na política com a recente carreira política do governador e disse que a Presidência é "engolir sapo pela fosseta lacrimal".
Ex-presidente destacou que Michelle tem aparecido na liderança ou empatada com o presidente Lula (PT) em pesquisas eleitorais e elogiou o trabalho dela como primeira-dama. "Ela foi exemplar, cuidou de questões como doenças raras, pessoas com deficiência e fez um trabalho fantástico, em silêncio. É uma mulher, fala bem, é evangélica e tem o carinho de uma parte considerável da população", disse.
Evitou cravar, no entanto, que Michelle pode ser candidata representando a família Bolsonaro em 2026. "Pode ser candidata? Não sei", afirmou. O ex-presidente ainda citou seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), como uma possível opção para a próxima disputa eleitoral.
Apesar de citar esses nomes, o ex-presidente voltou a repetir o argumento de que "eleições sem Bolsonaro são fraude". Ele, que está inelegível até 2030, reverberou o argumento de aliados de que o único candidato viável da direita para o próximo ano é ele próprio. "Ele [Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PL] tem dito que o candidato, até os 48h do segundo tempo, sou eu", destacou.
Tarcísio é cotado como um dos principais nomes para disputar a Presidência em 2026 como candidato da direita, caso Bolsonaro não consiga reverter a inelegibilidade. O governador, no entanto, tem negado que vá concorrer ao Planalto e diz que disputará a reeleição para o governo paulista.
* Participam desta cobertura: Ana Paula Bimbati, Anna Satie, Bruno Luiz, Fabíola Perez e Laila Nery, do UOL, em São Paulo, e Felipe Pereira e Lucas Borges Teixeira, do UOL, em Brasília
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