'Muita coisa suja', 'prefiro Lula': o que Cid diz sobre Michelle Bolsonaro

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Embora o tenente-coronel Mauro Cid tivesse uma boa relação com o Jair Bolsonaro, o mesmo não parecia acontecer com Michelle. Mensagens do WhatsApp dele, as quais o UOL teve acesso, mostram ele criticando a ex-primeira-dama. Antes, em sua delação, ele já tinha tecido outro comentário negativo sobre ela.
O que Cid falou
Cid preferiria Lula a Michelle na presidência. Em uma conversa de 27 de janeiro de 2023, Fábio Wajngarten envia a Cid uma notícia de que o PL estudava a possibilidade de lançar Michelle como candidata presidencial no lugar de Bolsonaro, caso ele se tornasse inelegível, o que veio a ocorrer em 30 de junho de 2023, após julgamento no TSE.
Prefiro o Lula.
respondeu Mauro Cid

Criticou a possibilidade de Michelle entrar na política. Sem detalhar, ele afirmou em um áudio a Wajngarten que "tem muita coisa suja" que pode dificultar a eleição da ex-primeira-dama. Eles falavam sobre o salário que seria pago a Michelle pelo PL.
Se dona Michelle tentar entrar para a política, num cargo alto, ela vai ser destruída, porque eu acho que ela tem muita coisa suja... não suja, mas ela né, a personalidade dela, eles vão usar tudo contra para acabar com ela.
Mauro Cid, em áudio
Nome de Michelle traria só "matérias negativas". Wajngarten cita que, para ele, ventilar o nome de Michelle Bolsonaro para carreira política só traria repercussões negativas na imprensa. Cid concorda. "Ela tem muito furo. Muita coisa para queimar, inclusive do passado." No entanto, ele não detalhou.

Cid já tinha criticado a ex-primeira-dama, em fala machista. Em depoimento à Polícia Federal no seu acordo de delação premiada, ele disse que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro entrou em pânico quando sua mudança saiu do Palácio da Alvorada.
Desespero de mulher, né. Quando ela viu a mudança dela saindo, ela quase pirou. [Entrou em] Pânico.
Mauro Cid, em depoimento
Michelle apoiaria um golpe. Segundo a delação do tenente-coronel, Michelle e Eduardo Bolsonaro faziam parte da ala mais radical no entorno do ex-presidente. Em 2022, os dois, junto com parlamentares e ministros bolsonaristas, "conversavam constantemente com o ex-presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado", disse Cid.
Na época, Michelle se defendeu. Ela afirmou que Cid passava por um momento de "perturbação mental".
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