Marçal vira réu por colocar em risco a vida de 32 pessoas em pico em SP
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A Justiça de São Paulo aceitou hoje a denúncia e tornou o ex-candidato a prefeito de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) réu por arriscar a vida de 32 pessoas em uma expedição ao Pico dos Marins em 2022.
O que aconteceu
Ministério Público propôs acordo a Marçal para encerrar o caso, mas ele rejeitou. Em março deste ano, o influenciador disse em nota que provaria sua inocência na Justiça.
Juíza considerou que a denúncia contém provas suficientes para instaurar um processo criminal. A defesa dele terá dez dias para se manifestar.
Episódio tornou Marçal conhecido nacionalmente. Em janeiro de 2022, ele liderou um grupo de pessoas sem experiência numa subida a um dos pontos mais altos do estado de São Paulo, em meio a condições climáticas adversas. O Corpo de Bombeiros teve de resgatar o grupo, que enfrentou névoa, ventania e fortes chuvas.
Mesmo com advertências para recuar, Marçal teria constrangido os seguidores, dizendo que seriam "fracos e incapazes" se não continuassem no desafio, segundo a denúncia. O propósito da escalada nessas condições adversas, com chuva, lama e falta de visibilidade seria o de "superar os limites para vencer e prosperar na vida".
Promotores ressaltaram que Marçal expôs a risco a vida e a saúde de todos que o acompanharam. "Os riscos da expedição eram evidentes", escreveram Renata Zaros e Carlos Soares.
A defesa de Pablo Marçal nega que ele tenha sido o responsável pela organização da caminhada. "Foi proposto um acordo de não-persecução penal, que previa o reconhecimento de responsabilidade pela organização da caminhada, o que não condiz com a verdade. Esse acordo foi recusado por nossa parte, uma vez que não há qualquer materialidade ou prova que aponte Pablo Marçal como organizador ou responsável pelo evento. Pelo contrário, todos os depoimentos colhidos indicam que se tratava de uma caminhada entre amigos, sem qualquer organização formal", disse a defesa dele em nota.
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