Zanini: Reeleição fez mal ao país, mas merece debate sério, não oportunismo
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A reeleição para cargos como os de presidente da República, governadores ou prefeitos provocou danos ao Brasil, mas o seu fim merece um debate sério e não oportunismo político, considerou o colunista Fábio Zanini, do jornal Folha de S.Paulo, durante o UOL News, do Canal UOL
A comissão aprova tudo, mas sou cético e tenho dúvidas se isso passa no plenário. Há muitos deputados e senadores que querem ser governadores e gostariam de ficar por oito anos. Fábio Zanini, colunista da Folha
A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou a PEC (proposta de emenda à Constituição) que acaba com a reeleição de prefeitos a partir de 2028 e presidente da República e governadores a partir de 2030.
A proposta foi aprovada em votação simbólica na CCJ e, agora, o texto poderá ser analisado no plenário da Casa, o que não tem data para acontecer. Se for aprovado no Senado, vai para a Câmara dos Deputados.
Em 1997, o senado aprovou em segundo turno a emenda constitucional que permitia a reeleição para presidente da República, governadores e prefeitos. Depois da promulgação, o presidente do Senado à época, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), o então presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e líderes aliados do governo foram ao Palácio do Planalto entregar o texto da emenda ao então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
A reeleição é um instrumento relativamente recente, se você pensar em termos históricos. E acho que trouxe ganhos de alguma maneira, por premiar bons gestores, mas trouxe escândalos, o uso da máquina. Então, em muitas situação, eu acho que ela [a reeleição] foi mais prejudicial e nociva ao Brasil do que benéfica.
Eu acho que é um assunto que merece ser discutido com seriedade e não ao sabor de casuísmos, como infelizmente tem acontecido muitas vezes. Fábio Zanini, colunista da Folha
Fabiano Contarato: 'Não cogito retirar assinatura'
No UOL News, o senador Fabiano Contarato (PT-ES), petista aliado ao presidente Lula (PT) que assinou a instauração da CPMI do INSS, disse ter a consciência tranquila e que não cogita a possibilidade de retirar a sua assinatura.
Eu tenho a minha consciência muito tranquila, a plena convicção do que eu fiz, e não cogito a hipótese de retirar a assinatura. Fabiano Contarato, senador
No início de maio, a oposição protocolou no Congresso um pedido de CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) para investigar fraudes no INSS na gestão Lula. A proposta foi assinada por pelo menos 36 senadores e 223 deputados federais. Ainda não há prazo, no entanto, para instalação do colegiado.
Um dos que assinaram foi o senador Fabiano Contarato. Nos bastidores, o Planalto não escondeu o descontentamento e reclamou que nada foi combinado com "este lado da rua", segundo apuração feita pela reportagem do UOL.
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