'Abin paralela' confundiu Moraes com gerente de loja em SP, diz PF

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A "Abin paralela" monitorou, de forma errada, um gerente de loja em São Paulo acreditando ser o ministro Alexandre de Moraes, do STF, segundo a Polícia Federal.
O que aconteceu
Alexandre de Moraes Soares foi alvo de quatro consultas feitas no sistema First Mile, segundo a PF. As pesquisas foram realizadas por Thiago Gomes Quinalia, agente de Inteligência da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), em maio de 2019. Ele foi demitido em dezembro do ano passado.
Moraes Soares era gerente de loja na cidade de Barueri, em São Paulo. O nome dele foi consultado após o inquérito das fake news ser instaurado no Supremo, em março de 2019.
A PF acredita que isso as consultas aconteceram por se tratar de um homônimo. "Em outra pesquisa relevante, não foi possível identificar, por exemplo, o real contexto da pesquisa relacionada a Alexandre de Moraes Soares, mas é certo que os 'painéis' utilizados, muitas vezes relacionam determinados terminais a homônimos."
A "Abin paralela" monitorava pessoas consideradas adversárias de Bolsonaro. Segundo as investigações da PF, a estrutura de espionagem também atuava por interesses políticos e pessoais do ex-presidente e de seus filhos. As apurações mostram que a gestão usou o software First Mile para as ações ilegais.
Ministros do STF, políticos e jornalistas foram monitorados pela estrutura paralela. Na lista dos espionados, estão nomes como Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Luiz Fux, do Supremo, e o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).
O grupo instalado na Abin teria usado um software para rastrear celulares "reiteradas vezes". O sistema de monitoramento é capaz de detectar um indivíduo com base na localização de aparelhos que usam as redes 2G, 3G e 4G. Para encontrar o alvo, basta digitar o número do seu contato telefônico no programa e acompanhar em um mapa a última posição.
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