Delegado preso no caso Marielle pede para ser transferido para o RJ

O delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio e réu pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, solicitou ao STF (Supremo Tribunal Federal) a transferência de Mossoró (RN) para o Rio de Janeiro. Ele está preso desde março do ano passado.

O que aconteceu

A defesa afirma que a distância de mais de 2.500 km da família causa prejuízo financeiro e dificulta o convívio com os parentes. Os advogados também pedem que ele seja transferido para um quartel da Polícia Militar ou para uma unidade prisional no estado que ofereça cela especial, por ele ser delegado. O pedido de transferência ainda não foi analisado pelo ministro.

Rivaldo foi transferido para Mossoró em outubro de 2024, após cumprir parte da prisão preventiva em Brasília. A defesa reconheceu que a mudança faz parte do rodízio de presos no sistema federal, por questões de segurança, mas reclama que foi surpreendida com a decisão e que isso atrapalhou o trabalho dos advogados na fase de audiências do processo.

Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República, Rivaldo usou o cargo de chefe da Polícia Civil para proteger os mandantes do assassinato de Marielle e Anderson, ocorrido em 2018. A acusação tem como base a delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, que confessou participação no crime.

Rivaldo teria sido avisado previamente sobre o plano de execução e atuou para desviar as investigações. "Ele detinha o controle dos meios necessários para garantir a impunidade do crime", diz a denúncia.

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