Doação de leite materno ajuda a salvar vida de várias crianças
O estímulo ao aleitamento materno foi uma das ações do governo federal que mais contribuíram para a redução da mortalidade de crianças no Brasil. O índice, segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), passou de 62 mortes a cada mil nascidos vivos, em 1990, para 14 óbitos por mil nascidos vivos, em 2012 – uma queda de 77%. Nessa mudança de cenário, a participação das doadoras de leite foi fundamental.
Em Alagoas, estado onde a taxa de mortalidade teve a maior queda (83,9% em 22 anos), uma mãe foi responsável por ajudar não apenas os próprios filhos, mas também muitas outras crianças. A fisioterapeuta Larissa Padilha de Miranda, 30 anos, é doadora de leite materno na Maternidade Escola Santa Mônica. A unidade é referência estadual da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humanos, a maior e mais complexa do mundo, com 212 bancos de leite e 128 postos de coleta no país. “Estou amamentando meu filho, de um mês. Depois que ele mama, ainda sobra. E eu acho que leite é vida. Eu não vou deixar o leite pras fraldas, muito menos jogar no lixo. Tem um mês que estou doando. E pretendo continuar”, explica.
É a segunda vez que ela faz doação para a maternidade. “Eu já tenho uma filha de oito anos e quando tive ela foi a mesma coisa: eu tive uma produção de leite grande. Doei durante dez meses”, lembra. A fisioterapeuta chegou a conhecer uma das mães que receberam a doação. “Na época [de amamentação] da minha filha, oito anos atrás, eu doava pra Santa Mônica, para os bebês de lá e doava pra uma mãe também. Ela tinha adotado uma criança com um dia de vida e ela não queria dar leite artificial, queria introduzir o leite materno”, conta.
O material doado, após passar por um processo que envolve seleção, classificação e pasteurização, é distribuído com qualidade certificada aos bebês internados em unidades neonatais. Larissa retira e armazena o produto em casa. Depois, leva o material colhido até o banco de leite. “Eu tenho o maior cuidado do mundo. Recolho o leite e guardo em vidros esterilizados. Eu sempre tive esse tipo de procedimento e sempre perguntei lá na Santa Mônica se estava tudo bem e eles disseram: ‘a gente aproveita 100% do seu leite’”, afirma.
Para a fisioterapeuta, o ato de doar é recompensador. “É a maior alegria do mundo. A sensação é de que realmente a gente está salvando vidas. É a melhor sensação saber que eu estou alimentando o meu filho e que eu estou ajudando muitas crianças que precisam do leite materno”, diz.
Alimento completo
O leite materno é um alimento completo, tem tudo o que o bebê precisa até os seis meses de vida. Também possui muitos anticorpos, funcionando como uma verdadeira vacina que protege a criança de várias doenças. Além disso, sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face do bebê, ajuda a ter dentes bonitos, a desenvolver a fala e a ter uma boa respiração.
O aleitamento também traz uma série de benefícios para a mãe: reduz o peso mais rapidamente após o parto, diminui o risco de diabetes, câncer de mama e câncer ovário e ajuda o útero a recuperar o tamanho normal, tornando menor o risco de anemia e hemorragia após o parto.
Em Alagoas, estado onde a taxa de mortalidade teve a maior queda (83,9% em 22 anos), uma mãe foi responsável por ajudar não apenas os próprios filhos, mas também muitas outras crianças. A fisioterapeuta Larissa Padilha de Miranda, 30 anos, é doadora de leite materno na Maternidade Escola Santa Mônica. A unidade é referência estadual da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humanos, a maior e mais complexa do mundo, com 212 bancos de leite e 128 postos de coleta no país. “Estou amamentando meu filho, de um mês. Depois que ele mama, ainda sobra. E eu acho que leite é vida. Eu não vou deixar o leite pras fraldas, muito menos jogar no lixo. Tem um mês que estou doando. E pretendo continuar”, explica.
É a segunda vez que ela faz doação para a maternidade. “Eu já tenho uma filha de oito anos e quando tive ela foi a mesma coisa: eu tive uma produção de leite grande. Doei durante dez meses”, lembra. A fisioterapeuta chegou a conhecer uma das mães que receberam a doação. “Na época [de amamentação] da minha filha, oito anos atrás, eu doava pra Santa Mônica, para os bebês de lá e doava pra uma mãe também. Ela tinha adotado uma criança com um dia de vida e ela não queria dar leite artificial, queria introduzir o leite materno”, conta.
O material doado, após passar por um processo que envolve seleção, classificação e pasteurização, é distribuído com qualidade certificada aos bebês internados em unidades neonatais. Larissa retira e armazena o produto em casa. Depois, leva o material colhido até o banco de leite. “Eu tenho o maior cuidado do mundo. Recolho o leite e guardo em vidros esterilizados. Eu sempre tive esse tipo de procedimento e sempre perguntei lá na Santa Mônica se estava tudo bem e eles disseram: ‘a gente aproveita 100% do seu leite’”, afirma.
Para a fisioterapeuta, o ato de doar é recompensador. “É a maior alegria do mundo. A sensação é de que realmente a gente está salvando vidas. É a melhor sensação saber que eu estou alimentando o meu filho e que eu estou ajudando muitas crianças que precisam do leite materno”, diz.
Alimento completo
O leite materno é um alimento completo, tem tudo o que o bebê precisa até os seis meses de vida. Também possui muitos anticorpos, funcionando como uma verdadeira vacina que protege a criança de várias doenças. Além disso, sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face do bebê, ajuda a ter dentes bonitos, a desenvolver a fala e a ter uma boa respiração.
O aleitamento também traz uma série de benefícios para a mãe: reduz o peso mais rapidamente após o parto, diminui o risco de diabetes, câncer de mama e câncer ovário e ajuda o útero a recuperar o tamanho normal, tornando menor o risco de anemia e hemorragia após o parto.