Programa foi criado para beneficiar comunidades e valorizar profissional
O Brasil tem apenas 1,8 médico para cada mil habitantes. A maioria deles está concentrada em grandes centros. Para mudar essa situação, o governo federal criou o Programa Mais Médicos, que visa reduzir a desigualdade na distribuição dos profissionais de saúde pelo território brasileiro e garantir melhor atendimento à população.
Suprir a carência de médicos no Brasil foi o motivo que levou o médico André Cardoso, especialista em ginecologia, obstetrícia e mastologia, a se inscrever no programa. “Espero que, com o Mais Médicos, seja possível garantir atendimento para toda a população”, afirma. Ele vai atuar em Fortaleza, no Ceará. O estado tem 1,05 médico para cada mil habitantes, índice abaixo da média nacional.
De acordo com o clínico geral Auro Pereira, a iniciativa do governo federal para levar profissionais de saúde às áreas prioritárias é uma “grande ideia”. Ele vai para Curitiba, capital do Paraná. O estado também possui um índice abaixo da média nacional, com apenas 1,68 médico para cada mil habitantes – cenário que ocorre em várias regiões do país.
Segundo Pereira, esse déficit de profissionais tem um efeito negativo para a população. “Por terem poucos profissionais na rede pública, o médico fica sobrecarregado.” Ele acredita que não é possível resolver todos os problemas da saúde de uma só vez, mas vê no programa uma medida fundamental para melhorar a vida dos pacientes. “Faz muita diferença ter um médico em municípios do interior. Há médico que sem ressonância, tomografia, acha que não é possível trabalhar. Não consegue fazer exames, identificar sintomas. Ter muitos equipamentos, às vezes, emburrece”, avalia.
O clínico geral soube do Mais Médicos por meio de uma rede social. “Depois que li, entrei no portal do Ministério da Saúde pra conhecer melhor o programa e achei muito interessante. Uma hora depois já havia me inscrito”, conta. Para ele, outro ponto positivo do Mais Médicos é a questão financeira. “Vou receber um bom recurso mensal. A prefeitura dá casa pra mim e pra minha família, alimentação. É a primeira vez que entro num programa que mostra preocupação com o bem-estar do médico, que o respeita”, destaca.
Regiões pobres e indígenas
O primeiro mês de seleção do Programa Mais Médicos teve a adesão de 1.618 profissionais, que vão trabalhar em 579 municípios e 18 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Nesse grupo, há 1.096 profissionais que já atuam no Brasil, 358 estrangeiros e 164 brasileiros graduados no exterior. Os médicos vão atender cerca de 6,5 milhões de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A maior parte (67,3%) das regiões onde os profissionais brasileiros e estrangeiros vão trabalhar está em áreas de extrema pobreza e distritos de saúde indígena. Os outros (32,7%) irão atuar em periferias de capitais e regiões metropolitanas.
Suprir a carência de médicos no Brasil foi o motivo que levou o médico André Cardoso, especialista em ginecologia, obstetrícia e mastologia, a se inscrever no programa. “Espero que, com o Mais Médicos, seja possível garantir atendimento para toda a população”, afirma. Ele vai atuar em Fortaleza, no Ceará. O estado tem 1,05 médico para cada mil habitantes, índice abaixo da média nacional.
De acordo com o clínico geral Auro Pereira, a iniciativa do governo federal para levar profissionais de saúde às áreas prioritárias é uma “grande ideia”. Ele vai para Curitiba, capital do Paraná. O estado também possui um índice abaixo da média nacional, com apenas 1,68 médico para cada mil habitantes – cenário que ocorre em várias regiões do país.
Segundo Pereira, esse déficit de profissionais tem um efeito negativo para a população. “Por terem poucos profissionais na rede pública, o médico fica sobrecarregado.” Ele acredita que não é possível resolver todos os problemas da saúde de uma só vez, mas vê no programa uma medida fundamental para melhorar a vida dos pacientes. “Faz muita diferença ter um médico em municípios do interior. Há médico que sem ressonância, tomografia, acha que não é possível trabalhar. Não consegue fazer exames, identificar sintomas. Ter muitos equipamentos, às vezes, emburrece”, avalia.
O clínico geral soube do Mais Médicos por meio de uma rede social. “Depois que li, entrei no portal do Ministério da Saúde pra conhecer melhor o programa e achei muito interessante. Uma hora depois já havia me inscrito”, conta. Para ele, outro ponto positivo do Mais Médicos é a questão financeira. “Vou receber um bom recurso mensal. A prefeitura dá casa pra mim e pra minha família, alimentação. É a primeira vez que entro num programa que mostra preocupação com o bem-estar do médico, que o respeita”, destaca.
Regiões pobres e indígenas
O primeiro mês de seleção do Programa Mais Médicos teve a adesão de 1.618 profissionais, que vão trabalhar em 579 municípios e 18 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). Nesse grupo, há 1.096 profissionais que já atuam no Brasil, 358 estrangeiros e 164 brasileiros graduados no exterior. Os médicos vão atender cerca de 6,5 milhões de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A maior parte (67,3%) das regiões onde os profissionais brasileiros e estrangeiros vão trabalhar está em áreas de extrema pobreza e distritos de saúde indígena. Os outros (32,7%) irão atuar em periferias de capitais e regiões metropolitanas.