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Ex-fumantes comemoram aumento do paladar e fim da discriminação

Publieditorial - Hora de Saúde
O empresário Laurel Sagica, 55 anos, começou a fumar aos 14 anos. “Meu tio pedia para eu acender o cigarro dele. No começo, eu só acendia. Depois, passei também a dar um trago, depois dois”, lembra. O número de tragadas foi aumentando até que se tornaram um vício. Quando decidiu abandonar o fumo - nas cinco tentativas - o empresário buscou ajuda em estabelecimentos públicos e privados diferentes.

A última vez que Sagica decidiu parar foi no dia 8 de agosto de 2008. Ele procurou o Programa de Controle do Tabagismo, do Ministério da Saúde, em Belém (PA). O tratamento médico e psicológico incluiu adesivo e gomas de mascar de nicotina, além de medicamento. Segundo o empresário, a vontade de fumar acabou. Ele conta que, às vezes, quando fica estressado no trânsito, masca um chiclete de nicotina e em momentos de insônia, opta pela medicação. “Mas é muito raro usar remédio. Não dá para se liberar de um vício e começar outro”, brinca.

Para Sagica, o abandono do cigarro trouxe vários benefícios à saúde. “Quando deixamos de fumar, passamos a ter mais paladar e começamos a sentir melhor o cheiro e o gosto da comida”, acrescenta. Ele diz que, por ter desenvolvido ao longo da vida o hábito de se exercitar, não sentiu muita diferença em relação ao fôlego e à disposição para atividades físicas. De acordo com o empresário, o benefício maior foi a mudança na forma como passou a ser tratado. “As pessoas começaram a me olhar com outros olhos. Não existe mais discriminação por ser fumante”, afirma.

A funcionária pública paraense, aposentada Rosa Gonçalves, 61 anos, também experimentou o primeiro cigarro na adolescência. A diferença é que parou já na primeira tentativa. Ela não coloca um cigarro na boca há três anos. “Agora sinto mais o gosto da comida, o cheiro das coisas. Não fico mais com a roupa cheirando mal. E não sinto falta do cigarro”, avalia.

A servidora fumava há quatro décadas e quando decidiu parar, consumia uma carteira de cigarro a cada três dias. “Tenho amigos que fumam. Frequento a casa deles. Mas não tenho a mínima vontade. Graças a Deus estou muito bem sem o cigarro. Parece até que eu nunca fumei”, analisa.

Sagica e Rosa moram na capital que teve a maior queda no número de fumantes entre 2006 e 2012. Dados da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde apontam que Belém (PA) teve, no ano passado, 47% menos fumantes que em 2006. A redução ocorreu em todos os estados brasileiros.

Considerada a população brasileira acima de 18 anos, o número de pessoas que fumam caiu 20% em seis anos. Segundo o levantamento, está menor também a frequência de fumantes passivos nas casas dos brasileiros – caiu de 12%, em 2006, para 10% em 2012. Houve queda ainda do número de fumantes passivos no local de trabalho: de 12% para 10%, no mesmo período.

A pesquisa mostrou também que o hábito de fumar é maior entre pessoas com até oito anos de escolaridade (16%). O índice é quase o dobro da frequência observada entre os mais escolarizados (12 anos ou mais), que atinge 9%.

Em relação ao número de adultos fumantes por cidade, o levantamento mostra que a capital com a maior concentração é Porto Alegre (RS) com 18%, que também detém a maior proporção de pessoas que fumam 20 cigarros ou mais por dia (7%). Já a capital com o menor índice é Salvador (BA), onde 6% da população adulta diz ser fumante.



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Este é um informe publicitário de autoria do Ministério da Saúde e não faz parte do conteúdo jornalístico do UOL.