2018 em tirinhas

Os principais eventos de 2018 que ainda devem repercutir pelos próximos anos

The New York Times NYT

Janeiro

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O fiasco do Bitcoin

Em 17 de janeiro, o valor do Bitcoin ficou abaixo dos US$10 mil, em uma desvalorização de 50% em relação ao pico histórico de dezembro de 2017. A criptomoeda, que foi lançada em 2009, tem um histórico de flutuações.

A empolgação com as moedas virtuais cresceu em 2017, quando Wall Street e pequenos investidores japoneses e sul-coreanos mostraram interesse por elas, o que levou a um aumento no investimento comum. Para muitos economistas, o fracasso foi consequência do medo da repressão reguladora sobre a comercialização do setor.

Fevereiro

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Tiroteio em escola gera debate sobre controle de armas na Flórida

Dezessete pessoas, entre alunos e funcionários, foram mortas na Marjory Stoneman Douglas High School em Parkland, na Flórida, em 14 de fevereiro, quando Nikolas Cruz, de 19 anos, que fora expulso da escola, abriu fogo na parte interna e externa do prédio com um fuzil semiautomático AR-15.

O massacre gerou um debate nacional sobre o controle de armas, com a NRA propondo o armamento dos professores, enquanto grupos antiarmas e alunos de Parkland pediam reformas. Três semanas após a chacina, Rick Scott, o governador do estado, assinou uma lei restringido o uso de armas de fogo.

Março

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Xi Jinping pode governar indefinidamente

Em 11 de março, os quase três mil membros do Congresso chinês, controlado pelo Partido Comunista, aprovou praticamente com unanimidade a emenda à constituição abolindo o limite de mandatos presidenciais, permitindo que Xi Jinping governe indefinidamente.

O teto de dez anos era parte da ordem política estabelecida por Deng Xiaoping, líder da era reformista. Além da presidência, Xi é Secretário-Geral do Partido Comunista e chefe das Forças Armadas, posições já consideradas vitalícias.

Abril

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Raúl Castro deixa a presidência de Cuba

Raúl pôs um ponto final em quase seis décadas do regime da família Castro ao deixar a presidência de Cuba, em 19 de abril. A Assembleia Nacional nomeou o legalista do Partido Comunista e vice-presidente Miguel Díaz-Canel, 58 anos, como seu sucessor.

A escolha representa uma transferência significativa do poder para uma geração mais jovem de líderes, muitos dos quais nasceram após a revolução. Mesmo não sendo mais o presidente, Castro, 87 anos, anunciou que pretende continuar à frente do partido até 2021.

Maio

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Trump retira os EUA de acordo nuclear

O presidente norte-americano Donald Trump gerou indignação nos aliados dos EUA ao redor do mundo ao anunciar, em 8 de maio, a retirada do país do acordo nuclear iraniano.

O pacto histórico foi selado em julho de 2015, durante o governo Obama, e suspendeu as sanções financeiras e petrolíferas ao Irã em troca da aceitação das restrições a seu programa nuclear.

A decisão de Trump cumpre uma das primeiras promessas de sua campanha, mas foi recebida por críticas dos líderes dos outros países envolvidos na tratativa. França, Alemanha e Grã-Bretanha anunciaram sua intenção de preservar o acordo.

Junho

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As mulheres sauditas começam a dirigir

Por lei, pela primeira vez na história do reino, as mulheres sauditas ganharam permissão para dirigir. Em 24 de junho, as autoridades revogaram oficialmente a proibição em vigor há décadas.

O país, único a ainda manter a restrição, foi alvo de anos de campanhas de ativistas pelos direitos femininos, cujas representantes muitas vezes foram detidas e presas. E a tendência continua, mesmo com a novidade sendo defendida pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, 33 anos, que recentemente instaurou outras mudanças para melhorar a vida no país.
 

Julho

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Vitória para López Obrador

Em 1º de julho, Andrés Manuel López Obrador se declarou o vencedor na corrida presidencial mexicana, tornando-se o primeiro esquerdista no poder em mais de três décadas. Político veterano, mais conhecido por suas iniciais, AMLO ganhou com folga as eleições em que recebeu 53 por cento dos votos válidos.

Durante a campanha, López Obrador falou em dar início a uma nova era na política nacional e de sua disposição em peitar Trump. No discurso da vitória, prometeu combater a corrupção nos altos escalões, lutar contra o crime organizado e acabar com a pobreza endêmica que castiga a nação.
 

Agosto

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Planos para um mecanismo de busca censurado na China

A notícia de que o Google pretende lançar uma versão censurada de sua ferramenta de busca na China tornou-se pública em 1º de agosto, gerando revolta em grupos de direitos humanos e funcionários da empresa. O mecanismo modificado deve restringir conteúdo e termos de busca proibidos pelo governo chinês.

O projeto, que ganhou o nome de "Libélula" e começou no início de 2017, representa uma reviravolta significativa para a companhia na China, já que, em 2010, encerrou suas atividades no país justamente em protesto contra a censura e o hackeamento on-line locais.
 

Setembro

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Cria-se uma zona neutra em Idlib, na Síria

Em 17 de setembro, o russo Vladimir Putin e o turco Recep Tayyip Erdogan fecharam um acordo estabelecendo uma zona neutra desmilitarizada na região de Idlib, na Síria.

O objetivo dos dois líderes foi o de evitar um conflito militar entre as forças do governo e os rebeldes na cidade, pois temia-se que Bashar al-Assad estivesse se preparando para lançar uma ofensiva contra o último bastião oposicionista do país.

Erdogan explicou que sua intenção ao permitir que os oposicionistas permaneçam na área desmilitarizada, que já abriga cerca de três milhões de civis, era evitar uma crise imigratória.

Outubro

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Polícia prende suspeitos de pertencerem a grupo terrorista na Alemanha

A polícia alemã prendeu seis homens suspeitos de formação de um grupo terrorista de extrema-direita em Chemnitz, em 1º de outubro. Acredita-se que um sétimo homem, detido em outro caso, em setembro, seja o líder da facção.

A suspeita da promotoria federal é a de que os integrantes, todos de nacionalidade alemã e com idades entre 20 e 30 anos, operassem sob o nome "Revolução Chemnitz" e planejassem realizar ataques a estrangeiros e inimigos políticos.

A descoberta ocorreu algumas semanas depois da morte de um alemão a facadas e a consequente prisão de dois imigrantes na cidade. Seguiram-se protestos e violência entre grupos extremistas e a polícia, reacendendo as tensões sobre o debate da imigração no país.

Novembro

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A sonda InSight aterrissa em Marte

A sonda InSight da Nasa tocou o solo marciano em 26 de novembro, depois de uma jornada de seis meses e mais de 480 milhões de quilômetros. O equipamento, construído por especialistas dos EUA e Europa, passará dois anos terrestres no planeta vermelho à procura de sinais de sua formação e história; para isso, contará com antenas de rádio, um sismômetro e sensor de calor.

Os cientistas esperam que o projeto de US$1 bilhão os ajude a entender melhor como Marte e outros planetas rochosos foram formados. 

Dezembro

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Líderes políticos negociam pacto do clima

Líderes mundiais e especialistas em mudanças climáticas se reuniram em Katowice, na Polônia, em 2 de dezembro, para dar os toques finais ao "manual de regras" estabelecido pelo Acordo de Paris, em 2015. A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas reuniu representantes de quase 200 países.

Dias antes, o Programa Ambiental da ONU divulgou um relatório alertando para o fato de que os esforços de redução das emissões de carbono não só não atingiram as metas estabelecidas há três anos, para limitar o aumento de temperatura a 2°C, como bateram recordes em 2017.

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