Um refeitório com dezenas de funcionários almoçando. Uma pousada. Vários veículos. Centenas de hectares. Tudo foi coberto por uma enxurrada de lama que devastou parte de Brumadinho (MG), depois do rompimento de uma das barragens da mineradora Vale na sexta-feira (25).
Desde então, equipes de resgate trabalham na busca por sobreviventes. Mas a maior parte dos resgatados são corpos, em um tragédia humana ainda mais grave do que a que acometeu, há três anos, a cidade de Mariana -- também em Minas Gerais, também envolvendo a Vale.
Como os resgates ainda estão em andamento e devem se estender por semanas, o número de vítimas deve crescer. Até esta terça, 65 corpos sem vida foram retirados em meio ou debaixo da lama do chamado "rejeito" -- a sobra do processo de mineração, que separa metais de valor comercial, em grande parte exportado, de terra sem utilidade industrial.
E foram 12 milhões de metros cúbicos dessa terra rejeitada pela mineração que devastou parte de Brumadinho, cidade próxima a Belo Horizonte com pouco menos de 40 mil habitantes.
As imagens abaixo testemunham o que havia na região e o que restou. A primeira desta série mostra o centro administrativo da Vale e a pousada Nova Estância, em imagem captada por um satélite da Agência Espacial Europeia, antes e depois do desastre. Nas fotos grandes, estão as imagens do antes e do depois. Nas imagens menores de cada foto, está a localização de cada área atingida.