Na noite de 14 de janeiro de 2017, o estoquista Peterson Silva de Oliveira, 18, foi morto com um tiro na nuca, no Jardim São Luiz, zona sul da capital paulista, enquanto policiais militares dispersavam jovens que estavam em uma festa. O tiro que atingiu o jovem foi disparado por um dos PMs.
Testemunhas que estavam no local foram ouvidas pela Polícia Civil e contaram a mesma versão: os policiais dispararam bombas de efeito moral contra as pessoas, para a dispersão, dirigiram a viatura em alta velocidade e dispararam um único tiro. Após o barulho, os jovens correram e houve o segundo disparo, atingindo Peterson.
Os policiais militares dizem, no inquérito, que atiraram porque Peterson atirou contra eles primeiro. Segundo todas as testemunhas, a versão policial é falsa. Um PM foi indiciado por homicídio doloso triplamente qualificado (com intenção de matar e com três agravantes que podem aumentar a pena).
Em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) informou que o inquérito policial, em caráter sigiloso, encontra-se em fase final de investigação. "Após análise de diversos elementos, como depoimentos de testemunhas e laudos periciais, a autoridade policial determinou pelo indiciamento do policial militar envolvido na ocorrência por homicídio qualificado."
Para que as autoridades chegasse à essa conclusão, a mãe de Peterson, Tatiana Lima e Silva, 39, teve de fazer uma investigação paralela. Em depoimento ao UOL, ela relata como buscou provar, por iniciativa própria, a inocência do filho.