No dia 4 de junho de 1989, o Exército chinês acabou com as seis semanas de protestos estudantis pró-democracia em Pequim. Os manifestantes foram atropelados por tanques e alvejados por soldados na Praça da Paz Celestial, e até hoje não se sabe o número exato de mortos e feridos --estima-se algo ente 2.000 e 5.000 mortos e 60 mil feridos.
Zhou Fengsuo era um dos mais de milhares de estudantes que protestavam na Praça Tiananmen. Assim é chamado o local do "massacre brutal", como Zhou define o que aconteceu naquele dia. Líder da Federação Autônoma de Estudantes de Pequim, ele figurava entre os cinco ativistas mais procurados após o fim dos protestos.
Em entrevista ao UOL, por telefone, ele falou sobre sua prisão e sobre política. "Nunca teremos justiça. Isso só seria possível em uma China democrática, depois da queda do regime comunista", diz.