Enfrentar os perdigotos na feira livre em São Paulo. Encontrar uma praia catalã semideserta, quando deveria estar lotada, ou ainda uma convenção histórica de eleições sem militância. A vida após a pandemia de covid-19 mudou o jeito de viver, transitar, e mesmo quando as coisas parecem se encaminhar para o que se conhecia como rotina, os fatos nos mostram que ainda há um longo caminho.
No último mês, a reportagem do UOL, espalhada em três pontos diferentes do globo, se pôs a observar as situações que se colocam. Acompanhamos nosso colunista Diogo Schelp numa volta por São Paulo, onde, apesar da gravidade da pandemia, bares estão abertos e cheios de clientes sem máscaras, apoiados em uma frágil sensação de proteção contra o coronavírus.
Na Europa, Jamil Chade, que normalmente reporta o que de principal ocorre nos corredores da OMS (Organização Mundial da Saúde), na Suíça, nos permitiu acompanhar dias de férias na Espanha — país que encara o vai-vém da abertura pós-covid e, como tradicional destino de férias de verão, nesta temporada se agarra ao turismo local como a um sopro de vida.
Kennedy Alencar, colunista que acompanha as eleições nos Estados Unidos (EUA) neste ano, traz na história de um casal que se conheceu por aplicativo, em plena pandemia, a imagem de um país tendo que lidar com uma nova forma de escolher um presidente: sem comícios cheios, mas com bares e restaurantes tentando voltar à normalidade.
Independentemente do lugar, é evidente que a situação afeta todos de forma parecida. A preocupação com o contágio, presente a cada movimento, a cada interação com uma pessoa desconhecida, se soma ao fantasma do desemprego e da depressão econômica. E também, às esperanças de que isso tudo logo passe.