A historiadora e antropóloga Lilia Moritz Schwarcz, a professora e pesquisadora Maria Hermínia Tavares e a historiadora e escritora Isabel Lustosa eram três dos 114 sociólogos, artistas, historiadores e ativistas que, em 2006, assinaram um manifesto em oposição à implementação das cotas no Brasil. Entre os argumentos, a meritocracia, a qualidade do ensino superior e a falta de exemplos internacionais. Com o passar do anos, as três contam que mudaram de opinião.
Entre os motivos, as análises delas em relação às mudanças que a ação afirmativa provocou nas universidades brasileiras: o perfil das universidades não só mudou quantitativamente - com a presença de mais negros, pessoas em situação de vulnerabilidade e indígenas - como também provocou a academia a rever seus parâmetros educacionais.
Neste marco dos 10 anos da sanção da Lei de Cotas (nº 12.711), que prevê a reserva de 50% das vagas das universidades e institutos federais de ensino superior a estudantes de escolas públicas (dentro dessa reserva, vagas a alunos de baixa renda, negros, indígenas e com deficiência), as três contam com mais detalhes ao UOL o que as motivou a mudar de opinião.