"Foi algo muito bom para mim: comprei uma televisão, uma bicicleta e ainda enchi minha geladeira velha de comida", diz Daniela de Lima Santos, 30, ao comentar sobre o poder do auxílio emergencial do governo federal na pandemia de coronavírus que assola o país há cerca de sete meses.
O UOL visitou o maior complexo de favelas de Maceió, na orla lagunar, onde vivem centenas de famílias que precisam de benefícios sociais para sobreviver.
Daniela admite que era crítica do governo e mudou a avaliação. "Esse auxílio ajudou tanto, que penso em votar, sim, [em Jair Bolsonaro] até como uma forma de gratidão."
Ela mora com o marido —que faz bico de servente de pedreiro— e não tem filhos. Conta que estava na fila de espera do Bolsa Família até março, sem resultado, quando veio a pandemia e passou a ser contemplada com a ajuda mensal de R$ 600.
O presidente Bolsonaro alcançou em agosto o maior percentual de aprovação desde o início de seu mandato em janeiro de 2019, segundo dados do Datafolha. O grande impulso veio pela mudança de visão entre os mais pobres e menos escolarizados, e entre os moradores da região Nordeste —públicos que davam ao presidente historicamente os piores índices.
Na pesquisa feita entre 11 e 12 de agosto, o índice de ruim ou péssimo no Nordeste caiu 17 pontos (de 52% para 35%), por exemplo. Também houve queda de 13 pontos entre os mais pobres do país (de 44% para 31%), e na parcela menos escolarizada (de 40% para 27%).Para especialistas, não há dúvida que o pagamento do auxílio emergencial foi fundamental para a alta na aprovação do presidente em meio à pandemia.
Em 2018, o presidente venceu o 2º turno na capital alagoana, mas no estado a vitória foi do petista Fernando Haddad.