Após um discurso político de enfrentamento contra as três facções criminosas presentes no Ceará, o estado teve a maior onda de violência já registrada em sua história. Houve uma série de atos violentos contra diversas repartições públicas, bancos, ônibus e tentativas de explosão de ponte e viaduto.
No início, os ataques se concentraram na capital, Fortaleza, e tinham como objetivo fazer o estado se retrair e reconhecer o poderio do crime organizado. Foi necessário o apoio de policiais da reserva, de outros estados e de membros da Força Nacional de Segurança Pública. Com a capital reforçada, os ataques migraram para o interior.
Durante um mês, houve registros de mais de 280 ações criminosas em 184 municípios do estado. Ruas e presídios ficaram em polvorosa. O estado diz ter prendido 466 pessoas suspeitas de terem algum tipo de envolvimento nos crimes, além de ter indiciado uma série de homens que já estavam detidos em um presídio dominado por uma facção.
A Força Nacional deve deixar o estado, de maneira progressiva, em até dois meses. Resta saber se apenas a força de segurança estadual será o suficiente para barrar ações criminosas e trazer paz aos moradores do Ceará. A população não crê em melhoras e vê o futuro incerto. Veja a seguir como tudo aconteceu, a partir de seis pontos de vista selecionados pela reportagem do UOL.