Faz sol em São Paulo. Poucas pessoas de máscara caminham com pressa junto aos prédios para aproveitar a sombra, alguns moradores de rua sem proteção falam baixo deitados sobre papelotes e cobertores em frente a lojas — todas fechadas.
É terça-feira de manhã, horário de pico, mas as ruas estão quase desertas e silenciosas. Ao longe, ouvem-se alguns sons espaçados de carros. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), entre as 9h e as 10h da manhã, a cidade tinha zero quilômetro de congestionamento — muito abaixo dos pelo menos 60 quilômetros que a cidade costuma registrar.
Em meio a pior pandemia da história recente da humanidade, após apelos das autoridades e a proibição ao comércio e a abertura de restaurantes (com exceção para supermercados, farmácias e entrega de comida), a maior cidade do hemisfério sul, hoje, praticamente parou.
Pelo menos é o que se vê em áreas tradicionalmente movimentadas da capital paulista, como o Centro Antigo, a avenida Paulista, a rua Augusta e a rua Oscar Freire.