Após mais de seis meses de portas fechadas, escolas públicas e particulares da cidade de São Paulo poderão receber os alunos de volta a partir de amanhã. Mas o colégio para o qual estudantes e professores podem retornar será muito diferente daquele que foi deixado para trás, em março, por causa da pandemia do novo coronavírus.
Abraços, beijos e contatos próximos deverão ser substituídos por medidas de distanciamento, o uso de máscaras e cuidados constantes de higienização das mãos. Aglomerações e atividades em grupo que envolvam qualquer tipo de contato estão proibidas.
Para cumprir todas essas regras, espaços físicos tiveram de ser adaptados. O UOL visitou duas escolas públicas e duas particulares para saber como essas unidades se prepararam para a volta. As condições são diferentes e cada prédio tem suas particularidades. Mas, em todos, há sinalizações indicando o uso obrigatório de máscaras, álcool em gel disponível e distanciamento entre as carteiras nas salas de aula.
Na capital paulista, foram autorizadas apenas atividades extracurriculares —isto é, que não façam parte do currículo obrigatório. É o caso, por exemplo, de aulas de línguas, música, teatro e também de atividades de reforço e acolhimento, como rodas de conversa com os alunos.
Neste primeiro momento, a volta será opcional tanto para os alunos como para as escolas.
A expectativa, até agora, é de baixa adesão, principalmente na rede pública. A Secretaria Municipal de Educação informou ontem que apenas uma das cerca de 4 mil escolas municipais voltará a receber os alunos no dia 7 de outubro.
Na rede estadual, apenas 100 das 1.100 escolas localizadas na capital paulista sinalizaram que abrirão as portas. Ainda não foi divulgado um levantamento dos colégios particulares que reabrirão as portas.