Presente na vida de nove em cada dez brasileiros, o UOL marcou também a trajetória do ministro do STF Luís Roberto Barroso, que classifica a relação com o portal como seu "momento pessoal de revolução tecnológica". "Foi meu primeiro e-mail e foi quando todos nós passamos a ler notícias online", explica. Das tantas vezes em que apareceu nas páginas do UOL, ele se lembra de uma em especial, em junho de 2013, quando viu na home page a notícia de sua nomeação para o Supremo Tribunal Federal. "Eu já sabia, eu soube de manhã, mas na vida a gente só confirma as coisas mesmo quando saem na imprensa."
Foram anos até que o UOL se consolidasse como um dos veículos de maior credibilidade no jornalismo nacional. Mas se até algum tempo atrás a principal associação era com seu aspecto noticioso, nos últimos anos o UOL vem se esforçando para criar marcas que ampliem seu alcance a outros segmentos.
"Decidimos criar marcas editoriais com mais personalidade e protagonismo em seus universos, que funcionem como grandes guarda-chuvas em que se pode conectar eventos, criar programas em vídeo, podcasts, trabalhar presença em redes sociais", explica Murilo Garavello, atual diretor de conteúdo do UOL, fazendo referência a plataformas lançadas mais recentemente, como Universa, focada no público feminino, Viva Bem, dedicada a saúde e bem-estar, Start e Tilt, focadas em games e tecnologia, além de Nossa (estilo de vida), Ecoa (iniciativas transformadoras) e Splash (antigo UOL Entretenimento).
Junto com essas reformulações, a TV UOL mudou de posicionamento e virou produtora audiovisual, o MOV — que vai do noticiário aos programas de entretenimento — e o conteúdo do UOL passou a ganhar cada vez mais as redes sociais e plataformas de vídeo.
Os canais UOL no YouTube, juntos, somam 3,1 milhões de assinantes; no Facebook, 30 milhões de fãs; no Instagram, 5,8 milhões de seguidores. Entre os jovens do TikTok já contabiliza 2,2 milhões de likes.
"O UOL passa por um momento de reinvenção. É aquela coisa de quando você chega aos 25 anos, já quase virando 30, e se pergunta: o que eu vou ser da minha vida?", compara Paulo Samia, CEO do UOL Conteúdo e Serviços. "Nós queremos atrair um público mais jovem, lançando novos produtos e revisitando outros, focando sempre no que a gente sabe fazer bem: informar, entreter e facilitar a vida do brasileiro. A gente nunca vai esquecer a nossa tradição, que é produção de jornalismo de qualidade e credibilidade, mas isso não exclui uma forma de falar mais moderna e adequada ao que hoje as pessoas estão acostumadas a consumir conteúdo."