Passava da 1h quando sete pessoas tentavam retirar de uma van uma anta de 170 kg resgatada de uma área queimada no Pantanal de Mato Grosso. A velocidade era inimiga da sutileza necessária para retirar o animal já debilitado, e que permanecera por horas dentro de uma caixa de madeira improvisada.
A saga do resgate, entre a captura na vegetação pantaneira castigada pelo fogo, a chegada ao Hospital Veterinário da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) e o retorno à zona rural, durou 12 horas.
Aquela era até então a terceira anta resgatada por veterinários, voluntários e autoridades que se concentram no Paeas (Posto de Atendimento Emergencial de Animais Silvestres) do Pantanal, criado pelo governo de MT para lidar com a situação emergencial do bioma.
As duas antecessoras morreram por conta do calor, conforme relatos dos veterinários à reportagem. Desta vez, uma van com ar-condicionado traseiro, doada por um empresário local para auxiliar nos resgates, ajudou o animal a manter a vida.