Conheça doenças que podem se tornar mais frequentes durante a Copa

Vincent Robert/IRD/AFP
CHIKUNGUNYA: desconhecida no país, é transmitida aos seres humanos por mosquitos do gênero Aedes e causa uma doença com sintomas semelhantes aos da dengue. Manifesta-se com uma fase febril aguda que dura de dois a cinco dias, seguida de uma doença prolongada que afeta as articulações das extremidades. Uma parte dos infectados pode desenvolver a forma crônica da doença, com a permanência dos sintomas, que podem durar entre seis meses e um ano. "Este vírus está bastante presente na Ásia e apareceu com força no Caribe. Já tivemos casos no Brasil, de pessoas que viajaram. Corremos riscos se recebermos pessoas infectadas. Apesar de ser mais arrastada e debilitante, no início ela lembra a dengue, por isso preocupa, pois os profissionais da saúde podem confundi-las", alerta o infectologista Jessé Reis Alves, responsável pelo Check-up do Viajante do Fleury Medicina e Saúde Mais
AP
DENGUE: o infectologista Jessé Reis Alves diz que é bom lembrar que a maioria dos estádios fica em regiões periféricas das cidades, onde há mais mosquitos transmissores da dengue. E mesmo o Maracanã não está imune, já que o Rio de Janeiro sempre tem muitos casos. "Algumas cidades-sede, como Cuiabá, têm níveis elevados de dengue. A Copa acontecerá numa época em que a curva estará decrescente, mas precisamos lembrar que algumas cidades têm um clima mais quente, propenso para a propagação do mosquito, mesmo em junho". O ideal é usar repelentes para evitar a picada do mosquito transmissor Mais
Thinkstock
DIARREIA DO VIAJANTE: as doenças diarreicas são muito comuns quando falamos de viajantes. Esse problema ocorre mais em regiões quentes, onde a conservação dos alimentos precisa ser muito bem feita. O principal, ensina o infectologista Jessé Reis Alves, responsável pelo Check-up do Viajante do Fleury Medicina e Saúde, é ter cuidado com aquilo que se vai comer e beber. Só tomar água mineral, evitar gelo nas bebidas e alimentos crus, especialmente os que são vendidos na praia, que ficam muitas horas expostas ao sol e calor, e lavar as mãos antes de se alimentar são pequenos cuidados que podem evitar maiores problemas. Prefira sempre alimentos fritos, cozidos ou assados. Sucos, só se forem feitos com água mineral Mais
Thinkstock
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: não há como negar que a Copa do Mundo estimula o turismo sexual, admite o infectologista Jessé Reis Alves, responsável pelo Check-up do Viajante do Fleury Medicina e Saúde. Ele conta que na página do Ministério do Turismo, há uma pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas) com 4.000 torcedores que aponta este perfil: masculino, de faixa etária entre 25 e 50 anos e que viaja sozinho. "A exposição sexual é maior e é algo que tem de ser pensado. No caso da hepatite B, há vacinas, inclusive gratuitas. Para as demais doenças, o ideal é mesmo o uso de preservativo", diz Mais
Folhapress
FEBRE AMARELA: doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por mosquitos. Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. Para se prevenir, o infectologista Jessé Reis Alves alerta que o ideal é vacinar-se até dez dias antes da viagem. Mas vale ressaltar que gestantes, bebês com menos de seis meses e pacientes com doenças que diminuem a imunidade não podem receber a vacina Mais
Getty Images
GRIPE: o pico de casos de gripe no Brasil ocorre em maio e junho, época da realização do evento. E são várias cepas de vírus diferentes que irão circular. "O público alvo da vacinação feita pelo governo não é o que irá prevalecer na Copa, que é o público formado por jovens", diz o infectologista Jessé Reis Alves, responsável pelo Check-up do Viajante do Fleury Medicina e Saúde. Por isso, ele recomenda que as pessoas invistam na vacina, procurando atendimento particular ou discutindo o assunto na empresa onde trabalham. E completa: "É interessante que, duas semanas antes da viagem, o torcedor tome a vacina trivalente, que imuniza não só contra a gripe sazonal ou comum, mas também contra a gripe A, causada pelo vírus influenza H1N1" Mais
Getty Images/iStockphoto
HEPATITE A: doença transmitida, principalmente, por água e alimentos contaminados e em locais com pouca infraestrutura e saneamento básico. Para essa doença existe vacina, que passou a ser oferecida às crianças pelo SUS há poucos anos. Adultos que não receberam a imunização devem investir nela: o turista pode se vacinar até na véspera da viagem, pois mesmo que feita de última hora, a imunização para hepatite A é capaz de conferir proteção. Mas é bom lembrar que o esquema completo inclui duas doses com intervalo mínimo de seis meses. "Outra forma de evitar o contágio é preferir alimentos cozidos e água mineral e sem pedras gelo, por não saber sua procedência", diz o médico do Fleury Medicina e Saúde Mais
Getty Images/iStockphoto
HEPATITE B: doença transmitida sexualmente. "Pode ser muito grave, inclusive com casos crônicos. Quem acha que vai se expor, deve tomar a vacina". Segundo o médico, o Ministério da Saúde já disponibilizou a vacina para pessoas com até 50 anos de idade e até mesmo quem não pode pagar tem acesso pelo serviço público de saúde. Porém, ele lembra que, além da vacina, o correto é mesmo usar preservativo Mais
Thinkstock/Getty Images
MALÁRIA: é provocada por protozoários parasitas que são transmitidos para o ser humano através da picada da fêmea do mosquito 'Anopheles', que pica uma pessoa contaminada, levando os protozoários para outra. "Em Manaus, região mais propensa, os casos diminuíram, mas quem for aos estádios provavelmente irá querer conhecer florestas e ir para áreas mais periféricas e atravessar rios; é fundamental usar repelente para evitar a picada do mosquito transmissor da doença", ensina o infectologista Mais
Thinkstock
REPELENTES: o infectologista Jessé Reis Alves, responsável pelo Check-up do Viajante do Fleury Medicina e Saúde, diz que há poucas opções no mercado. Uma delas usa o composto químico DEET que, para ser eficaz, precisa ter uma concentração acima de 35%. Já os produtos à base de Icaridina, princípio derivado da pimenta, precisam ter uma concentração acima de 20% para proporcionar um efeito melhor e mais duradouro, de seis a oito horas. E também pode ser borrifado nas roupas. Na dúvida, peça para um médico lhe indicar o produto mais adequado Mais
Fohapress
SARAMPO: o infectologista Jessé Reis Alves diz que o ideal é vacinar-se duas semanas antes da data de embarque, para que a vacina tenha efeito em tempo hábil. A vacina disponível atualmente é a tríplice viral, que engloba sarampo, caxumba e rubéola em uma mesma formulação, e deve ser administrada em quem não se imunizou na vida adulta. A vacina contra o sarampo é dada geralmente aos nove meses e a segunda dose, aos 15, mas muitos só tomam a primeira. A recomendação da Secretaria de Saúde de São Paulo, por exemplo, é que todos que nasceram após 1960 atualizem a vacina, que está disponível no serviço público. Quem tomar pela primeira vez pode ter um quadro parecido com aquele que algumas pessoas têm após a vacina da gripe: quadro febril, mal-estar, mas algo bem leve. "É uma vacina que recomendo que as pessoas tomem independente da Copa", ensina o médico Mais