Máquina da USP permitirá autópsia sem abrir cadáver

Marcelo Pereira/UOL
13.mar.2015 - Um inovador laboratório para autópsias, localizado numa área de 400 m² no subterrâneo na FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), estudará a relação entre hábitos de vida, condições ambientais da cidade de São Paulo e suas consequências para o corpo humano. O patologista e coordenador do projeto, Paulo Saldiva (na foto), explica que a ideia é formar um grande banco de imagens em alta definição, com informações sobre cérebro, coração, pulmão e ossos, que poderá ser cruzado com dados sobre meio ambiente, como nível de poluição atmosférica, situação do solo e regimes de chuva Mais
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13.mar.2015 - Na Plataforma de Imagem da Sala de Autópsia (Pisa), os bisturis serão substituídos por três máquinas para a realização de exames de imagem: um ultrassom, um aparelho para tomografia e o Magnetom 7T MRI, primeiro equipamento de ressonância magnética para corpo inteiro com campo de 7 Tesla da América Latina, construído na Alemanha e Inglaterra ao custo de U$ 7,7 milhões (cerca de R$ 24 milhões) Mais
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13.mar.2015 - O novo laboratório será capaz de realizar exames de autópsias sem abrir os cadáveres. A comparação entre modelos de autópsia será objeto de pesquisa do projeto. A ressonância de 40 toneladas é a responsável pela localização do laboratório. Por gerar um enorme campo magnético --algo como um imã de três toneladas-- a área deve ser isolada. Do contrário, metais ou mesmo pessoas que usam marca passo seriam atraídos para o local. Se fosse um imã em formato de guindaste, poderia levantar 20 carros de porte médio Mais
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13.mar.2015 - As autópsias feitas por esta máquina poderão explicar melhor o que aconteceu, por exemplo, com o coração de uma pessoa que estava fazendo quimioterapia e que faleceu. Ela vai indicar a causa da morte com mais precisão e até o nível de poluentes acumulados no pulmão de uma pessoa ao longo da vida Mais
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13.mar.2015 - O aparelho será utilizado principalmente no estudo de cadáveres recebidos pelo Serviço de Verificação de Óbitos da Capital (SVOC), que é mantido pela USP e realiza em torno de 14 mil autópsias por ano Mais
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13.mar.2015 - Os integrantes do projeto também esperam grandes avanços no estudo do cérebro. As novas imagens poderão ser comparadas com os dados já obtidos ao longo de dez anos pelo banco de cérebros da FMUSP, com 3.500 órgãos, o maior do mundo Mais
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13.mar.2015 - Em alguns casos, os pesquisadores poderão pedir autorização dos familiares para retirar um fragmento do órgão para realizar um exame mais detalhado do corpo. Saldiva faz uma comparação com a doação de órgãos: "Nesse caso as pessoas estão doando conhecimento" Mais