"Não subestimem suas habilidades", diz idoso japonês que luta contra Alzheimer

Issei Kato/Reuters
Masahiko Sato (o de jaqueta laranja) é um engenheiro de sistemas aposentado diagnosticado com o mal de Alzheimer há dez anos. Aos 61 anos, ele combate o preconceito contra doenças mentais. Sato vive sozinho e tem dado palestras sobre o tema em várias partes do Japão. Já tem até um livro
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Durante um passeio no parque, Sato leva pendurado no pescoço um crachá onde se lê "Eu tenho demência e preciso da sua assistência". Ele se tornou uma inspiração para pessoas que também sofrem da doença, encorajando as pessoas a falarem sobre o assunto, lutando para que o tema deixe de ser um estigma
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Flores de cerejeira florescem no parque Omiya, no norte de Tóquio (Japão), durante visita de um grupo que combate o preconceito contra quem sofre de demência. "Eu quero dizer às pessoas que não subestimem suas habilidades. Há coisas que você não pode fazer mas há um monte que dá para fazer, então não se desespere", afirma Masahiko Sato, engenheiro diagnosticado com Alzheimer
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Masahiko Sato, 61, se reúne com companheiros para um passeio no parque Omiya, no norte de Tóqui (Japão), para observar as cerejeiras florescendo. Há dez anos ele foi diagnosticado com mal de Alzheimer e chegou a pensar que sua vida estava acabada por causa da doença
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Kanemasa Ito, 72, arruma os sapatos dentro do armário junto com a mulher, Kimiko, 68, que foi diagnosticada com demência há 11 anos, enquanto se preparam para fazer compras em Kawasaki, no sul de Tóquio. Encorajar pacientes com demência a falar sobre o tema faz parte dos esforços do governo para aliviar a imagem negativa desse que já afeta cerca de 5 milhões de cidadãos, número que deve aumentar para 7 milhões até 2025 -- um em cada cinco japoneses com 65 anos ou mais
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Kanemasa Ito coloca um colar com GPS na mulher, Kimiko, 68, que foi diagnosticada com demência há 11 anos. Grande parte dos pacientes que sofrem algum tipo de demência no Japão vivem com familiares, que lutam para conciliar o cuidado com os trabalhos, mas a cada ano cerca de 100 mil pessoas acabam deixando de trabalhar para desempenhar a tarefa. Cerca de 11 mil pessoas com demência foram dadas como desaparecidas em 2014
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Kanemasa Ito, 72, conversa com a mulher, Kimiko, 68, que há 11 anos foi diagnosticada com demência. Ito teve que fechar as duas lojas de conveniência que administrava com Kimiko quando soube que a mulher estava doente
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"Eu planejava trabalhar até os 85 anos. Agora eu penso, será que vou passar o resto da minha vida cuidando da minha mulher?", se pergunta Kanemasa Ito. Na imagem, ele e Kimiko descem escada em direção ao mercado em Kawasaki, no sul de Tóquio (Japão). Há 11 anos eles descobriram que ela sofria de demência
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Casal posta para foto durante passeio no parque Omiya, no norte de Tóquio (Japão), para observar as cerejeiras florescendo. A mulher de 62 anos descobriu que demência há dez anos. O governo japonês tem um plano que inclui uma ênfase na detecção precoce, mais médicos e cuidadores primários para cuidar de pessoas com demência
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Os programas de atenção a essa parcela da população são bem vistos por especialistas que lidam com o assunto. Mas, há o temor de que reformas do sistema de seguro, a longo prazo, sob a pressão fiscal em um país com enorme dívida pública, impulsionem os encargos das famílias, tornando mais difícil para as pessoas com deficiências mais leves ter acesso aos serviços
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Para Kanemasa Ito, cortes em qualquer benefício social poderiam ameaçar seu sonho de cuidar de Kumiko em casa. "Eu quero viver com ela em casa o maior tempo possível", disse ele, tocando suavemente seu pulso