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Estudo descarta vínculo entre vacina da gripe e aborto espontâneo

Em Washington

18/01/2013 10h00

A vacina contra a gripe não aumenta o risco de aborto espontâneo ou morte pré-natal, segundo um estudo celebrado na Noruega e publicado nos Estados Unidos sobre o imunizante contra o vírus H1N1, predominante durante a pandemia de 2009-2010.

No entanto, as grávidas que contraem a gripe correm um risco maior de perder o bebê, lembraram os autores deste estudo, divulgado na edição da última quinta-feira (17) do periódico New England Journal of Medicine.

As autoridades norueguesas tinham incentivado as grávidas a tomar a vacina, mas a informação publicada na imprensa de que a vacina contra a gripe aumentava o risco de perder o bebê levou um grande número de norueguesas a não se vacinar.

Cientistas americanos e noruegueses chegaram a essa conclusão no estudo analisando os expedientes médicos, particularmente aqueles do sistema de saúde da Noruega.

Eles analisaram dados provenientes das consultas médicas, dos registros de nascimento e também aqueles provenientes da vacinação de mulheres grávidas contra a gripe.

Segundo a pesquisa, o risco de perder o bebê pode ser multiplicado por dois se a mulher grávida contrair a gripe, enquanto a vacinação demonstrou que este risco diminui.

"O mais importante é que a vacinação protege as mulheres grávidas contra a gripe, que pode ser nefasta tanto para a mãe quanto para a criança", afirmou o doutor Allen Wilcox, dos Institutos Americanos da Saúde (NIH, na sigla em inglês), co-autor do estudo.

A pesquisa foi realizada a partir da pandemia de gripe com o vírus H1N1, registrada em 2009-2010.