Espanha pede tranquilidade e promete transparência sobre o ebola
O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, pediu nesta quarta-feira (8) aos compatriotas que mantenham a calma e se comprometeu a informar com transparência sobre o vírus ebola, que contaminou uma auxiliar de enfermagem em Madri.
"No momento, o que temos que fazer é permanecer atentos, mas mantendo a tranquilidade", disse Rajoy no Congresso, ao responder uma pergunta do líder da oposição, Pedro Sánchez, do Partido Socialista (PSOE).
Em sua primeira declaração sobre o tema, durante a qual não falou o nome da vítima, o líder conservador se comprometeu a apresentar "qualquer informação que se possa dar ao conjunto da opinião pública e, portanto, transparência total na matéria".
Para o chefe de governo, a prioridade é "atender todas as pessoas que contraíram a doença" -- uma até o momento --, "vigiar as pessoas que estiveram em contato, investigar o motivo por que o contágio aconteceu e explicar à população as situações em que pode ocorrer a infecção".
Antes, o líder socialista criticou o governo pelos cortes na saúde pública e as tentativas de privatização do setor, assim como a estratégia de comunicação da ministra da Saúde, Ana Mato.
Para Sánches, quando a ministra falou, "provocou mais incertezas e mais angústia na opinião pública".
Na segunda-feira, uma auxiliar de enfermagem do hospital La Paz de Madri, que havia integrado a equipe que atendeu um dos missionários espanhóis infectados na África, se tornou a primeira pessoa a contrair o vírus ebola fora da África.
Duas novas pessoas, uma enfermeira e uma auxiliar, foram internadas e isoladas em um hospital de Madri por precaução nesta quarta-feira.
No total, seis pessoas, mas apenas uma oficialmente infectada pelo vírus, permanecem internadas no país.
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