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Vacinação múltipla não deixa crianças mais propensas a infecções, diz estudo

Sajjad/Xinhua
Imagem: Sajjad/Xinhua

Em Miami

06/03/2018 20h00

Embora as crianças hoje recebam mais vacinas que as gerações anteriores, a prática não parece debilitar seu sistema imunológico ou torná-las mais propensas a outras infecções, disse um estudo americano nesta terça-feira.

Pela primeira vez, pesquisadores testaram um vínculo entre o calendário de vacinação recomendado atualmente nos Estados Unidos e a taxa de infecções e doenças que não estão relacionadas com as vacinas nas crianças deste país.

"É compreensível que os pais tenham perguntas e preocupações sobre a segurança das vacinas", disse o pediatra Matthew Daley, coautor do estudo publicado na revista médica Journal of the American Medical Association.

Na pesquisa, "a vacinação não pareceu danificar o sistema imunológico de uma forma que fizesse com que as crianças fossem mais propensas às infecções. Esta descoberta proporcionará confiança adicional aos pais sobre a segurança do calendário recomendado", acrescentou Daley.

Uma amostra aleatória de 193 crianças que tinham sido diagnosticadas com doenças respiratórias e gastrointestinais, junto com outras infecções virais e bacterianas, foi comparada com um grupo de controle de 751 crianças que não haviam sido diagnosticadas com estas infecções.

Os cientistas observaram os níveis de exposição ao antígeno da vacina - uma proteína ou outra substância que induz uma resposta imune no corpo - nos primeiros dois anos de vida das crianças.

A exposição total ao antígeno da vacina "não foi associada a um maior risco de infecções que não são atacadas pelas vacinas nos próximos 24 meses de vida", disse o estudo.

"Alguns pais estão preocupados de que as vacinas múltiplas na primeira infância possam danificar o sistema imunológico de seus filhos, tornando-os mais suscetíveis a infecções futuras", disse o autor principal, Jason Glanz, pesquisador do Instituto de Pesquisa em Saúde de Kaiser Permanente no Colorado.

"Este novo estudo sugere que a teoria de sobrecarregar o sistema imunológico de um bebê é altamente improvável".