Pesquisa relaciona ruído de aviões a risco maior de derrame e doenças cardíacas
![Pesquisa analisou dados de 3,6 milhões de pessoas que vivem no entorno do aeroporto de Heathrow - PA](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/2013/10/09/9out2013---pesquisa-analisou-dados-de-36-milhoes-de-pessoas-que-vivem-no-entorno-do-aeroporto-de-heathrow-1381331329604_300x300.jpg)
Viver em uma área com altos níveis de ruídos de aviões aumenta o risco de derrame e doenças cardiovasculares, segundo uma pesquisa recém-publicada no British Medical Journal.
O estudo analisou uma população de 3,6 milhões de pessoas que moram no entorno do aeroporto de Heathrow, no sudoeste de Londres, e sugeriu que nas áreas com maior nível de ruído, os riscos de problemas de saúde desse tipo eram entre 10% e 20% maiores que o normal.
Os pesquisadores concordam com outros cientistas que o barulho não é necessariamente a causa desse risco elevado e sugeriram que serão necessários mais estudos para testar a ligação.
A pesquisa indica um risco maior tanto para hospitalizações quanto para mortes provocadas por derrames e doenças cardiovasculares para uma parcela de 2% da população alvo do estudo - cerca de 70 mil pessoas - que vive onde os ruídos das aeronaves são mais altos.
"O papel exato que a exposição ao ruído pode ter sobre a saúde ainda não está estabelecido", observa a coordenadora do estudo, Anna Hansell, do Imperial College London. "Mas é plausível que isso pode estar contribuindo - por exemplo, ao elevar a pressão sanguínea ou ao prejudicar o sono das pessoas."
Segundo ela, o barulho alto provoca uma "reação de sobressalto", que aumenta o ritmo de batimento cardíaco e a pressão sanguínea.
"O ruído dos aviões também pode ser irritante para algumas pessoas, o que pode afetar sua pressão sanguínea e levar a doenças", afirma.
Estilo de vida
O estudo analisou dados sobre os níveis de ruídos em 2001 da agência de aviação civil da Grã-Bretanha, cobrindo 12 distritos de Londres e nove fora de Londres onde os ruídos de aviões excediam os 50 decibéis - semelhante ao ruído normal de pessoas conversando numa sala quieta.
Os autores dizem que menos pessoas são agora afetadas pelos níveis maiores de ruído (acima de 63 decibéis) - apesar de haver mais aviões cruzando os céus -, por conta de mudanças nos projetos de aeronaves e nas rotas aéreas.
Os pesquisadores do Imperial College e do King's College London adaptaram sua pesquisa em um esforço para eliminar outros fatores que poderiam ter uma relação com derrames e doenças cardíacas, como pobreza, origem étnica do sul da Ásia ou o fumo.
Eles enfatizaram que o risco maior de doenças relacionadas a ruídos de aeronaves é ainda assim menos significativo que os riscos por fatores de estilo de vida - incluindo fumo, falta de exercícios ou dieta não saudável.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.