Cientistas 'fotografam' HIV migrando entre as células
Da Agência Estado<br>Em São Paulo
27/03/2009 08h15
Usando técnicas avançadas, pesquisadores americanos registraram o momento exato da transmissão direta do HIV de células infectadas para células sadias. O trabalho foi publicado hoje na revista "Science". Benjamin Chen, coautor do estudo, explica que a maior parte das pesquisas na área adota como premissa a infecção das células por vírus livres no plasma sanguíneo. Mas testes realizados in vitro mostraram que o contágio pelo contato direto entre as membranas das células - processo conhecido como sinapse viral - pode ser milhares de vezes mais eficiente para promover a infecção.
As imagens obtidas revelam detalhes da sinapse viral. Os pesquisadores incluíram no material genético do HIV, vírus causador da aids, um gene que produz proteína fluorescente verde. Quando exposta a um feixe de laser, a substância brilha. A técnica permitiu seguir com precisão o avanço da infecção em uma cultura de células in vitro. No artigo, os cientistas afirmam que os processos bioquímicos relacionados à formação das sinapses virais são alvos promissores para o desenvolvimento de vacinas e remédios.
"Qualquer informação sobre as estratégias utilizadas pelo vírus é muito valiosa", afirma o infectologista da Universidade de São Paulo (USP) Ésper Kallas. Ele recorda um estudo publicado no início do mês pela revista Nature. O trabalho mostrava como tecidos com alta concentração de células de defesa contribuem para o avanço da infecção. "Os dois estudos vão na mesma direção", aponta Kallas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
As imagens obtidas revelam detalhes da sinapse viral. Os pesquisadores incluíram no material genético do HIV, vírus causador da aids, um gene que produz proteína fluorescente verde. Quando exposta a um feixe de laser, a substância brilha. A técnica permitiu seguir com precisão o avanço da infecção em uma cultura de células in vitro. No artigo, os cientistas afirmam que os processos bioquímicos relacionados à formação das sinapses virais são alvos promissores para o desenvolvimento de vacinas e remédios.
"Qualquer informação sobre as estratégias utilizadas pelo vírus é muito valiosa", afirma o infectologista da Universidade de São Paulo (USP) Ésper Kallas. Ele recorda um estudo publicado no início do mês pela revista Nature. O trabalho mostrava como tecidos com alta concentração de células de defesa contribuem para o avanço da infecção. "Os dois estudos vão na mesma direção", aponta Kallas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.