Zika é mais agressivo em transplantados, diz estudo brasileiro
Sorocaba - Estudo feito por uma equipe médica do Hospital de Base de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, demonstrou que o vírus da zika é mais agressivo em pacientes submetidos a transplantes de órgãos, como rim e fígado, do que em outras pessoas. Nesses casos, os sintomas resultantes da infecção em nada se parecem com os da dengue, como era consenso até então pelo mundo.
O estudo dos pesquisadores da Faculdade Regional de Medicina de Rio Preto (Famerp) e da Fundação Faculdade Regional de Medicina (Funfarme) ganhou a capa da edição de março do American Journal of Transplantation, a publicação mundial de maior prestígio na área.
O grupo acompanhou quatro pacientes - dois transplantados renais e dois hepáticos. Segundo o virologista Maurício Nogueira, havia consenso de que a zika era uma doença benigna para os doentes acometidos, exceto grávidas. Quando vimos aqueles pacientes com sintomas mais graves, achávamos que era dengue, mas nos exames encontramos o zika.
O acompanhamento dos casos mostrou que a ação do vírus, também transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, se potencializa em pacientes imunodeprimidos. Tudo indica que o mesmo efeito deve ser encontrado em pessoas com diabete ou em tratamento contra o câncer. Para essa população, em especial, o zika não é aquela doença benigna que se pensava.
Alerta. O nefrologista Horácio Ramalho, diretor executivo da Funfarme, acredita que o estudo fará com que o zika seja incluído nas pesquisas virológicas que acompanham os transplantes. A descoberta serve como alerta mundial para que centros transplantadores façam a pesquisa de mais esse vírus.
O estudo dos pesquisadores da Faculdade Regional de Medicina de Rio Preto (Famerp) e da Fundação Faculdade Regional de Medicina (Funfarme) ganhou a capa da edição de março do American Journal of Transplantation, a publicação mundial de maior prestígio na área.
O grupo acompanhou quatro pacientes - dois transplantados renais e dois hepáticos. Segundo o virologista Maurício Nogueira, havia consenso de que a zika era uma doença benigna para os doentes acometidos, exceto grávidas. Quando vimos aqueles pacientes com sintomas mais graves, achávamos que era dengue, mas nos exames encontramos o zika.
O acompanhamento dos casos mostrou que a ação do vírus, também transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, se potencializa em pacientes imunodeprimidos. Tudo indica que o mesmo efeito deve ser encontrado em pessoas com diabete ou em tratamento contra o câncer. Para essa população, em especial, o zika não é aquela doença benigna que se pensava.
Alerta. O nefrologista Horácio Ramalho, diretor executivo da Funfarme, acredita que o estudo fará com que o zika seja incluído nas pesquisas virológicas que acompanham os transplantes. A descoberta serve como alerta mundial para que centros transplantadores façam a pesquisa de mais esse vírus.
José Maria Tomazela
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