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OMS alerta sobre alta da febre amarela no Brasil e limitação de doses de vacina

Mastrangelo Reino-10.nov.2016/Folhapress
Imagem: Mastrangelo Reino-10.nov.2016/Folhapress

Em Genebra

Jamil Chade

15/01/2018 07h41

Informe divulgado neste fim de semana pela Organização Panamericana de Saúde (Opas), braço regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), destaca o crescimento da febre amarela no Brasil, alerta para o risco de o surto no País se expandir e admite que há limitação de vacinas para toda a população.

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A Opas afirma que a América Latina registra desde 2016 o maior número de casos da doença em décadas. "O aumento tem relação com um ecossistema favorável à disseminação do vírus e uma população não imunizada."

Produção de vacinas

A produção de vacina da febre amarela no Brasil cresceu 212,3%, passando de 21,4 milhões em 2016 para 66,9 milhões no ano passado. Já a importação cresceu 300% no mesmo período, de acordo com a Sanofi Pasteur, única fornecedora autorizada do setor privado.

Único fabricante brasileiro, o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), ligado à Fiocruz, interrompeu a produção da vacina tríplice viral durante todo o ano de 2017 para atender à demanda do Ministério da Saúde.

Além disso, reduziu as exportações em 44,7%, de 5 mil para 2,8 mil doses.

Mas, desde 13 de dezembro de 2017, apenas o Brasil teve novos casos. Segundo a Opas, foram 777 casos entre o segundo semestre de 2016 e junho de 2017, com 261 mortes. Depois, porém, o País viveu uma fase de baixa transmissão.

Recentemente, o número de macacos infectados surpreendeu. O informe diz que é preciso o uso racional da vacina, diante da limitação na disponibilidade, e que 95% da população em áreas afetadas devem ser vacinadas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.