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Prefeitura de BH registra primeira morte por febre amarela

17/01/2018 07h20

Belo Horizonte registrou nesta terça-feira (16) o primeiro caso em 2018 de morte de um morador da cidade por febre amarela. A prefeitura da capital mineira disse que a contaminação não ocorreu na cidade, mas em um sítio de outro município da região.

A vítima é um homem de 53 anos que não tinha sido vacinado contra a doença. 

O último boletim epidemiológico do Estado de Minas Gerais, divulgado na segunda-feira (15), apontava 11 mortes em decorrência da doença entre julho de 2017 e os primeiros dias de 2018.  

Dos 12 resultados positivos para febre amarela confirmados no Estado, 11 deles resultaram em óbito. Até o momento, apenas um morador de Brumadinho conseguiu se curar da doença.

Segundo a SES (Secretaria de Estado da Saúde), as últimas duas mortes ocorreram em Goianá (Zona da Mata) e Nova Lima (Região Metropolitana), cidade que registrou o maior número de vítimas –quatro, ao todo.

As outras mortes foram registradas em Brumadinho (1), Mariana (2), Carmo da Mata (1), Mar de Espanha (1) e Barra Longa (1). Outros 34 casos de suspeita da doença continuam sob investigação pelas autoridades de saúde de Minas.

No ano passado, o Estado foi o mais atingido pelo surto da doença. Entre julho de 2016 e junho de 2017 (período considerado devido à sazonalidade da doença), haviam sido confirmados 475 casos, sendo que 162 deles evoluíram para óbito.

Número de casos no Brasil

De julho de 2017 até 14 de janeiro, segundo o Ministério da Saúde, foram confirmados 35 casos de febre amarela no país, com 20 mortos [11 mortes em São Paulo, 7 em Minas Gerais, 1 morte no Rio de Janeiro e 1 morte no Distrito Federal). Ao todo, foram notificados 470 casos suspeitos, sendo que 145 permanecem em investigação e 290 foram descartados.

Em 2018, segundo dados da Secretaria da Saúde de São Paulo, divulgados nesta terça-feira (16), foram notificados no Estado 45 casos notificados, com 16 confirmações e 11 mortes. 

"A situação no Estado é pior do que em anos anteriores, porque a transmissão chegou mais próximo dos centros urbanos", afirmou  Marcos  Boulos, chefe da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria Estadual de Saúde. Mas, segundo ele, os moradores de áreas de risco estão sendo imunizados contra o vírus. "O problema é maior entre os viajantes, que acabam não se protegendo antes de visitarem esses lugares."