Farmanguinhos pagou US$ 1 mi por medicamento contra HIV nunca entregue, diz TCU
O Tribunal de Contas da União (TCU) condenou a empresa indiana Hetero International, representada no Brasil pela Camber Farmacêutica, e os ex-gestores do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), da Fundação Oswaldo Cruz, a devolverem aos cofres da fundação cerca de US$ 1 milhão.
De acordo com o TCU, em 2001, a fundação pagou antecipadamente à Hetero Internacional R$ 2,83 milhões na compra de duas toneladas de sulfato de indinavir, fármaco utilizado no controle do HIV. No entanto, a medicação nunca foi entregue.
Além da empresa indiana, foram condenados os ex-gestores da Farmanguinhos Roosevelt Adriano Pereira e Marcos José Mandelli.
De acordo com o acórdão publicado pelo ministro Benjamin Zymler, relator do processo no Tribunal de Contas da União, foi promovida a citação dos responsáveis nos seguintes termos. "A empresa Hetero International Ltda., por ter recebido valores sem a correspondente contraprestação contratual; o sr. Roosevelt Adriano Pereira, então diretor do Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fundação Oswaldo Cruz, por ter ordenado o pagamento antes do recebimento do produto, e sr. Marcos José Mandelli, então diretor de Negócios da Farmanguinhos, por ter encaminhado o processo para liquidação da despesa".
Defesas
A reportagem está tentando contato com as defesas da Hetero International Ltda, nas pessoas de Kleber Marcos Peixoto Menezes (administrador da Hetero Farmacêutica do Brasil na época) e Shirley da Rocha Gonzaga (procuradora da Hetero Drugs Limited), além das defesas dos ex-gestores da Farmanguinhos Roosevelt Adriano Pereira e Marcos José Mandelli. O espaço está aberto para as manifestações.
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