Automutilação: projeto põe adolescentes para cuidar de colegas
São Paulo - Com pulseirinha amarela, Julia Gracio, de 15 anos, circula pelos corredores do colégio. O acessório é um sinal de que ela está ali, de olhos bem abertos e ouvidos atentos para identificar sinais de sofrimento entre os colegas.
Desde o ano passado, parte dos alunos do ensino médio no Colégio Bandeirantes, em São Paulo, é voluntária em uma equipe de apoio. Eles têm o objetivo de notar situações de conflitos ou isolamento e ser um ponto de escuta na escola. Por estar mais perto dos alunos, a chance de a gente perceber algo de errado é maior, diz a aluna do 2.º ano.
Assim como iniciativas em outras escolas, o projeto do Bandeirantes busca melhorar a convivência na escola e prevenir casos de violência - contra o outro ou autoprovocadas. Houve dois suicídios de estudantes do colégio no ano passado.
Existem casos de depressão, ansiedade e até uso de substâncias ilícitas que foram levadas por esse grupo (de ajuda). Conseguimos fazer uma intervenção mais próxima com a família, conta Estela Zanini, diretora de convivência do Bandeirantes. Segundo ela, casos de automutilação não são frequentes, mas já ocorreram.
Os alunos da equipe passam por treinamento com especialistas e são acompanhados por profissionais da escola, mas sabem que nem sempre podem ir longe. Aprendemos que, por mais que a gente queira ajudar, não somos psicólogos, diz Julia.
O apoio entre estudantes também é uma aposta do Stance Dual. Uma equipe formada por alunos de 12 a 14 anos, escolhidos pelos próprios colegas, é acionada presencialmente ou por e-mail sobre angústias e conflitos na escola.
A ideia não é sair resolvendo a vida de todo mundo, mas acolher, diz a orientadora educacional Ana Cláudia Correa. A maioria dos assuntos não chega ao conhecimento dos adultos - mas há uma só condição. Eles têm a obrigação de nos comunicar caso saibam de qualquer caso de mutilação, ameaça de vida ou abuso.
No Colégio Rio Branco, o tema também mobiliza a equipe. Professores ficam atentos a possíveis tentativas de esconder ferimentos, como mangas compridas em dias quentes, e um banco de pesquisas sobre depressão e ansiedade também é colocado à disposição dos educadores.
Se são detectados casos de autolesão, a escola conversa com o aluno e pode dar até um prazo curto para que ele mesmo fale com os pais, caso prefira. Mas se a gente perceber que se trata de uma situação de risco, logo notificamos a família, diz Juliana Gois, orientadora de apoio à aprendizagem.
Desde o ano passado, parte dos alunos do ensino médio no Colégio Bandeirantes, em São Paulo, é voluntária em uma equipe de apoio. Eles têm o objetivo de notar situações de conflitos ou isolamento e ser um ponto de escuta na escola. Por estar mais perto dos alunos, a chance de a gente perceber algo de errado é maior, diz a aluna do 2.º ano.
Assim como iniciativas em outras escolas, o projeto do Bandeirantes busca melhorar a convivência na escola e prevenir casos de violência - contra o outro ou autoprovocadas. Houve dois suicídios de estudantes do colégio no ano passado.
Existem casos de depressão, ansiedade e até uso de substâncias ilícitas que foram levadas por esse grupo (de ajuda). Conseguimos fazer uma intervenção mais próxima com a família, conta Estela Zanini, diretora de convivência do Bandeirantes. Segundo ela, casos de automutilação não são frequentes, mas já ocorreram.
Os alunos da equipe passam por treinamento com especialistas e são acompanhados por profissionais da escola, mas sabem que nem sempre podem ir longe. Aprendemos que, por mais que a gente queira ajudar, não somos psicólogos, diz Julia.
O apoio entre estudantes também é uma aposta do Stance Dual. Uma equipe formada por alunos de 12 a 14 anos, escolhidos pelos próprios colegas, é acionada presencialmente ou por e-mail sobre angústias e conflitos na escola.
A ideia não é sair resolvendo a vida de todo mundo, mas acolher, diz a orientadora educacional Ana Cláudia Correa. A maioria dos assuntos não chega ao conhecimento dos adultos - mas há uma só condição. Eles têm a obrigação de nos comunicar caso saibam de qualquer caso de mutilação, ameaça de vida ou abuso.
No Colégio Rio Branco, o tema também mobiliza a equipe. Professores ficam atentos a possíveis tentativas de esconder ferimentos, como mangas compridas em dias quentes, e um banco de pesquisas sobre depressão e ansiedade também é colocado à disposição dos educadores.
Se são detectados casos de autolesão, a escola conversa com o aluno e pode dar até um prazo curto para que ele mesmo fale com os pais, caso prefira. Mas se a gente perceber que se trata de uma situação de risco, logo notificamos a família, diz Juliana Gois, orientadora de apoio à aprendizagem.
Júlia Marques
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