Estudo aponta o cigarro como responsável por aneurismas
Todos os pacientes que tiveram aneurisma cerebral nos últimos três anos no Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, em Campinas (SP), foram vítimas do cigarro.
O estudo, feito pelo coordenador da área de neurologia do hospital, Yvens Barbosa Fernandes, identificou também que o vício se reflete nas áreas de oncologia e clínica médica, onde ficam internados pacientes com câncer, problemas no coração e no pulmão.
Fernandes colheu durante três anos depoimentos de todos os internados no andar do hospital que cuida de doentes neurológicos e com problemas ortopédicos. Segundo ele, todos os que apresentaram aneurisma cerebral eram fumantes ou ex-fumantes, e 50% dos que tinham problema na coluna, como hérnia de disco e osteoporose, também já haviam fumado.
Baseado nesses dados, o médico está escrevendo um artigo intitulado “A maior arma de destruição em massa”. De acordo com Fernandes, o tabaco é um dos grandes problemas de saúde pública mundial, e deve ser enfrentado com muita informação e restrições à indústria.
Outro levantamento feito na semana do dia 20 de agosto contabilizou que, dos 22 internados na área clínica do hospital, 14 tinham histórico de tabagismo, quase 65% do total. Desses, quatro eram fumantes ativos e apresentavam doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) (2), câncer de próstata (1), e infarto (1). Os ex-fumantes estavam internados por DPOC (4), pneumonia (1), problema cardíaco (1) e AVC (Acidente Vascular Cerebral) (1).
Diminuição do número de fumantes
Segundo o Ministério da Saúde, o número de fumantes vem diminuindo no país: de acordo com a pesquisa, de 2006 a 2011, o percentual de fumantes passou de 16,2% para 14,8%. No início dos anos 90, 35% da população brasileira com mais de 15 anos era fumante.
Dentre as medidas que contribuíram para essa redução, de acordo com o Ministério, estão a proibição da veiculação de publicidade durante determinado horário, de adição de substâncias que alterem o sabor dos cigarros e produtos derivados do tabaco, da existência de fumódromos, aumento de alíquota e impostos sobre o produto, entre outras.
O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. De acordo com levantamento da Aliança de Controle do Tabagismo, o Brasil gasta R$ 21 bilhões com tratamento de doenças relacionadas ao tabaco. O valor equivale a 30% do orçamento do Ministério da Saúde em 2011. O estudo demonstra, ainda, que o tabagismo é responsável por 13% das mortes no país. São 350 mortes por dia.
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